Black metal da Nova Zelândia (embora se tenham mudado para a Escócia) não é muito comum, mas quando surge, é para rebentar mesmo.È o caso dos Barshasketh, que com este "Ophidian Henosis" chegam ao terceiro álbum. Apesar dos gostos poderem ser díspares, é perfeitamente claro à primeira que a música aqui contida é de uma qualidade estonteante, dentro dos parâmetros black metal ou mesmo do metal extremo. Aqui é feita a ponte perfeita entre agressividade, melodia e o elemento épico, resultando num álbum que mesmo sendo uniforme demais ao ponto de alguns poderem achar que não tem nenhum momento que se destaque. O facto das músicas também serem intituladas como "I","II","III","IV","V","VI" e "VII", também ainda acentua ainda mais essa mesma uniformidade, mas de uma certa forma, adequa-se já que estar a destacar uma ou outra faixa deste álbum é como destacar um ou outro capítulo de um livro que vale por inteiro e não por um ou outro seu retalho.
Com um sentido de atmosfera e ambiência fora do normal, este é um álbum que podendo não se tornar clássico pela sua densidade - e sim, até o black metal se distingue no tempo pela facilidade com que os seus ganchos que se prendem aos ouvidos - ou facilidade com que entra, de certeza que para aqueles que apreciam as variantes mais épicas, vão encontrar muitas razões de sobra para lhe dedicar muitas audições. A cada uma nova surgem novos elementos e são sugeridos outros tantos, fruto de uma hipnose que é sugerida (e praticamente imposta sem que se aperceba). A uniformidade atrás mencionada poderá ser um obstáculo mas não se pense que não existem dinâmicas e estruturas mais desafiantes no seu black metal. Este é um álbum desafiante, completo, intrigante e sem dúvida apaixonante. Não será propriamente a revelação do ano porque a banda já lançou o primeiro álbum em 2010, mas para quem não os conhecia de certeza que se irá chicotear em penitência.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Com um sentido de atmosfera e ambiência fora do normal, este é um álbum que podendo não se tornar clássico pela sua densidade - e sim, até o black metal se distingue no tempo pela facilidade com que os seus ganchos que se prendem aos ouvidos - ou facilidade com que entra, de certeza que para aqueles que apreciam as variantes mais épicas, vão encontrar muitas razões de sobra para lhe dedicar muitas audições. A cada uma nova surgem novos elementos e são sugeridos outros tantos, fruto de uma hipnose que é sugerida (e praticamente imposta sem que se aperceba). A uniformidade atrás mencionada poderá ser um obstáculo mas não se pense que não existem dinâmicas e estruturas mais desafiantes no seu black metal. Este é um álbum desafiante, completo, intrigante e sem dúvida apaixonante. Não será propriamente a revelação do ano porque a banda já lançou o primeiro álbum em 2010, mas para quem não os conhecia de certeza que se irá chicotear em penitência.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
