A Ásia tem visto desde o final do milénio passado e do início do presente, sobretudo no espectro do grindgore. No black metal, apesar de alguns nomes que têm conseguido furar para o Ocidente, a expressividade já é menor – até porque alguns dos países asiáticos tem tendência a exercer uma certa pressão (censura) sobre grupos do género. No entanto, isso não é impedimento para que os Vallendusk cheguem já ao segundo trabalho. Este “Homeward Path” surpreende pela qualidade e confiança que demonstra a banda ter nos seus próprios talentos. Claro que não apresenta nada de novo mas isso já são outros tantos.
Com músicas bastante longas (a mais curta tem praticamente seis minutos), e apoiando-se na vertente mais melódica do black metal, tal como era feito em meados da década de noventa, o álbum flui de forma surpreendente, mesmo (sobretudo) com os temas mais longos, como é exemplo a sequência inicial “Winswept Plain”, “Erath Serpents” e “The Anchors”, três temas que ultrapassam os oito minutos. Poderá ser difícil de lembrar algum dos temas depois de finalizada a audição (principalmente nas primeiras) mas o que é certo é que os riffs são catchy e as melodias em tremolo picking também.
Não há nada aqui que indique amadorismo ou menos qualidade em relação ao que se faz (mas sobretudo ao que se fez) no Ocidente, o problema mesmo é que se este trabalho tivesse surgido vinte anos atrás (e é inevitável sentir o peso da idade ao ter declarações destas) teria um impacto totalmente diferente do que tem hoje em dia. Fruto das modas da música ou do facto de “Homeward” ser algo datado, isso já é algo que cabe ao leitor decidir. Alheia a estas questões todas fica a música dos Vallendusk e a qualidade que sem dúvida possuem. Uma banda a ter em conta.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Com músicas bastante longas (a mais curta tem praticamente seis minutos), e apoiando-se na vertente mais melódica do black metal, tal como era feito em meados da década de noventa, o álbum flui de forma surpreendente, mesmo (sobretudo) com os temas mais longos, como é exemplo a sequência inicial “Winswept Plain”, “Erath Serpents” e “The Anchors”, três temas que ultrapassam os oito minutos. Poderá ser difícil de lembrar algum dos temas depois de finalizada a audição (principalmente nas primeiras) mas o que é certo é que os riffs são catchy e as melodias em tremolo picking também.
Não há nada aqui que indique amadorismo ou menos qualidade em relação ao que se faz (mas sobretudo ao que se fez) no Ocidente, o problema mesmo é que se este trabalho tivesse surgido vinte anos atrás (e é inevitável sentir o peso da idade ao ter declarações destas) teria um impacto totalmente diferente do que tem hoje em dia. Fruto das modas da música ou do facto de “Homeward” ser algo datado, isso já é algo que cabe ao leitor decidir. Alheia a estas questões todas fica a música dos Vallendusk e a qualidade que sem dúvida possuem. Uma banda a ter em conta.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
