Mais uma nova aposta da Relapse Records, os norte-americanos Valkyrie e o seu terceiro álbum. Se antes poderiam ter passados despercebidos no underground, agora, com "Shadows" e com uma editora como a Relapse por trás, tal poderá revelar-se mais difícil. O estilo é heavy/doom tradicional com requintes de stoner, descendente directos dos Black Sabbath, com uma paragem ou outra pelo caminho para apanhar os Trouble e/ou Saint Vitus. Comparações são o que são e se mencionarmos retro em conjunto com nomes como os atrás citados, o mais certo é o nosso preconceito entrar em acção e catalogar-se já como mais uma banda igual a tantas outras. O que é mau, porque apesar da banda pertencer ao rótulo retro, a música que faz é pura, tal como se estivessemos em plena década de setenta.
O feeling de jam é uma constante por aqui. O do ouvinte ser levado a viajar por uma via inesperada que o deixa tão hipnotizado como maravilhado - "Temple" e "Shadow Of Reality" são excelentes exemplos, onde ambas as guitarras cruzam-se e entrecruzam-se de forma fantástica, com o baixo a segurar como nunca a parte ritmica e a fundir-se na perfeição com a bateria. Basicamente, a forma mais simples de resumir "Shadows" é como que um festim para todos os fãs do bom e velho hard'n'heavy, daqueles que sempre que ouvem um solo de guitarra, começam logo a praticar o air guitar - isto sem ser necessário a ingestão de substâncias.
É um álbum que poderá chamar a atenção pelas razões erradas - a tal questão do retro e tal - porque na verdade este é um daqueles álbuns que é bom em qualquer altura em que seja ouvido. Retro é um termo falacioso porque poderá indicar que existe algo que já foi bom, deixou de ser bom para voltar a ser bom novamente. "Shadows" é um eterno excelente disco de heavy metal, seja qual a moda que esteja em vigor. Felizmente a Relapse é da mesma opinião. Grande disco!
O feeling de jam é uma constante por aqui. O do ouvinte ser levado a viajar por uma via inesperada que o deixa tão hipnotizado como maravilhado - "Temple" e "Shadow Of Reality" são excelentes exemplos, onde ambas as guitarras cruzam-se e entrecruzam-se de forma fantástica, com o baixo a segurar como nunca a parte ritmica e a fundir-se na perfeição com a bateria. Basicamente, a forma mais simples de resumir "Shadows" é como que um festim para todos os fãs do bom e velho hard'n'heavy, daqueles que sempre que ouvem um solo de guitarra, começam logo a praticar o air guitar - isto sem ser necessário a ingestão de substâncias.
É um álbum que poderá chamar a atenção pelas razões erradas - a tal questão do retro e tal - porque na verdade este é um daqueles álbuns que é bom em qualquer altura em que seja ouvido. Retro é um termo falacioso porque poderá indicar que existe algo que já foi bom, deixou de ser bom para voltar a ser bom novamente. "Shadows" é um eterno excelente disco de heavy metal, seja qual a moda que esteja em vigor. Felizmente a Relapse é da mesma opinião. Grande disco!
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira