As expectativas eram algumas em relação a esta nova banda quando a Relapse Records anunciou a sua contratação. E porquê? Nada mais nada menos por ser mais uma super banda (e qualquer dia este termo perde o seu valor, se é que não perdeu já) desta vez juntando Rob Miller dos Amebix, Michael Langevin dos Voivod, Jon Misery dos Misery e Andy Leton dos War/Plague. Tendo em conta todos os vários estilos envolvidos, mesmo que não existam grandes expectativas, pelo menos curiosidade terá de haver forçosamente. E apesar de não ser um trabalho deslumbrante, tem um encanto inesperado, pelo menos para quem aprecia a energia crua dos Amebix, misturada pela apetência para as melodias complexas e imprevistas.
Ainda assim, pode-se dizer com toda a segurança que temas como "Lazarus", "Stonecracker" e sobretudo "We Control The Fear" e "The Devil Knows Is Own" surgem frescos e sem qualquer peso da herança histórica dos seus criadores. Temos uma mistura vencedora do feeling tipicamente punk/hardcore britânico da década de oitenta, assim como rock alternativo ou heavy metal sujo à la Motörhead. E será impossível reduzi-los a meia dúzia de comparações mal enjorcadas para alguém que é preguiçoso demais para encontrar mais e melhores termos, porque na verdade, e apesar de, repito, não deslumbrar, este é um trabalho mutante que cresce a cada audição.
Sendo os colectivos de origem de culto, é muito possível que os Tau Cross estejam destinados a surpreender em termos de suceso, já que a forma como estes temas crescem com consequentes audições revelam um brilhantismo que à partida não lhes seria atribuído. Sujo, melódico, esquisito, feio, visceral (principalmente pela voz de Rob Miller, que por mais que queiramos, não nos deixa esquecer a componente Amebix) mas sobretudo, viciante. Pela terceira vez, não deslumbra... mas vicia.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Ainda assim, pode-se dizer com toda a segurança que temas como "Lazarus", "Stonecracker" e sobretudo "We Control The Fear" e "The Devil Knows Is Own" surgem frescos e sem qualquer peso da herança histórica dos seus criadores. Temos uma mistura vencedora do feeling tipicamente punk/hardcore britânico da década de oitenta, assim como rock alternativo ou heavy metal sujo à la Motörhead. E será impossível reduzi-los a meia dúzia de comparações mal enjorcadas para alguém que é preguiçoso demais para encontrar mais e melhores termos, porque na verdade, e apesar de, repito, não deslumbrar, este é um trabalho mutante que cresce a cada audição.
Sendo os colectivos de origem de culto, é muito possível que os Tau Cross estejam destinados a surpreender em termos de suceso, já que a forma como estes temas crescem com consequentes audições revelam um brilhantismo que à partida não lhes seria atribuído. Sujo, melódico, esquisito, feio, visceral (principalmente pela voz de Rob Miller, que por mais que queiramos, não nos deixa esquecer a componente Amebix) mas sobretudo, viciante. Pela terceira vez, não deslumbra... mas vicia.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
