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Sirenia - "The Seventh Life Path" Review



Durante imenso tempo o nome de Sirenia sempre me pareceu ligado ao nome Tristania. Não só por acabar com o mesmo som, mas principalmente pelas semelhanças as duas bandas. Só mais tarde me foi evidente que os primeiros foram criados depois dos segundos acabarem por Morten Veland, que é o grande cérebro por trás da banda. Não fosse a presença da bela Ailyn, do guitarrista solo Jan Erik Soltvedt e do baterista Jonathan Perez e os Sirenia poderiam muito bem passar como uma one man band, já que é Veland que trata da voz masculina (gutural), guitarras, baixo, teclas, programação e até chegou a ser o baterista nos primeiros anos da banda.

Com quase quinze anos de existência a banda chega ao sétimo álbum com este apropriadamente intitulado "The Seventh Life Path", que nos apresenta exactamente aquilo que esperaríamos que apresentasse: metal sinfónico com toques de gótico, tal como a tradição criada e mantida por bandas como Within Temptation, Theatre Of Tragedy, Nightwish, Épica, After Forever e os próprios Tristania. Ou seja, encaixa precisamente naquilo que sempre se propôs e ao sétimo álbum, esse facto não vai desagradar ninguém, já que será exactamente o que os seus fãs esperam e desejam.

Temas como "Once My Light" e "sons Of The North" cumprem exactamente esse ponto de metal bombástico, com a parte extrema a aparecer mas a não dominar completo, deixando que a voz de Ailyn cumpra a sua parte, sem que no entanto a mesma seja o ponto central. É um jogo de equilíbrios que a banda transmite a sua sobriedade e falar de sobriedade neste estilo parece que é desajustado, mas esta é a grande característica deste trabalho dos Sirenia. Claro que quase setenta minutos é um pouco exagerado, onde temos onze músicas e apenas uma é inferior a cinco minutos e oito tem duração superior a seis - poderá cansar para aqueles que já não têm paciência.

Para todos os outros, têm aqui um bom álbum de metal sinfónico que poderá demorar a digerir mas que terá alguns temas imediatos como a fantástica Elixir e a bombástica "Earendel". Nem tudo resulta - como a aborrecida "Tragedienne" a encerrar o álbum - mas no geral, e considerando o quanto já se está cansado do género, este é um álbum muito bem conseguido.


Nota: 7.8/10

Review por Fernando Ferreira