Pela introdução “The Arrival” até se espera outro tipo de coisa do que aquela que depois realmente se confirma com “The Healer”. Se nos parecia pela referida introdução que se tratava de um colectivo que andava pelos meandros do gótico com tiques de música electrónica, depois confirmamos que afinal a banda toca é heavy metal tradicional. Primeira nota, quando se tem um álbum com nove temas (excluindo a dita introdução) e que totaliza quase uma hora, não será necessário incluir uma faixa de dois minutos que não faz nada a não ser distrair ou enganar aqueles que não conhecem a banda.
Tirando isto do caminho, poderemos passar à análise do trabalho em si, que também rapidamente se efectua. Heavy metal. Simples heavy metal e esse poderá ser a principal arma de arremesso para aqueles a quem este segundo trabalho dos italiano passar ao lado. É difícil encontrar actualmente formas de fazer heavy metal tradicional que consigam ter o mesmo impacto que vinte anos atrás teriam. Ou por outras palavras, este álbum não é um mau álbum, apenas não nos apresenta nada de novo. “The Healer” soa genérica demais para o seu próprio bem, assim como “Blood Arena” e conforme os primeiros temas se vão desenrolando, não lhes decoramos os nomes, nem refrões, nem riffs. Conforme entra vai saindo, denotando uma falta gritante de ganchos.
O que é curioso, é que conforme o álbum avança e no momento em que deveria começar a afectar a forma como nos mantemos com consciência alerta – isto é, na altura em que deveríamos começar a adormecer – é quando o elemento épico e até progressivo de faixas como “Cleopatra” e “Wake Up The Sleeping Giant” começa a fazer efeito e nos deparamos com um dos casos em que a qualidade está lá, apenas precisamos de estar abertos a ela. À segunda audição, já começamos a reparar em mais detalhes, já os refrões começam a ficar registados, assim como as harmonias de guitarras. “The Empirical Shape Of Pain” é um simples álbum de heavy metal e para quem gosta e tem saudades disso, basta.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Tirando isto do caminho, poderemos passar à análise do trabalho em si, que também rapidamente se efectua. Heavy metal. Simples heavy metal e esse poderá ser a principal arma de arremesso para aqueles a quem este segundo trabalho dos italiano passar ao lado. É difícil encontrar actualmente formas de fazer heavy metal tradicional que consigam ter o mesmo impacto que vinte anos atrás teriam. Ou por outras palavras, este álbum não é um mau álbum, apenas não nos apresenta nada de novo. “The Healer” soa genérica demais para o seu próprio bem, assim como “Blood Arena” e conforme os primeiros temas se vão desenrolando, não lhes decoramos os nomes, nem refrões, nem riffs. Conforme entra vai saindo, denotando uma falta gritante de ganchos.
O que é curioso, é que conforme o álbum avança e no momento em que deveria começar a afectar a forma como nos mantemos com consciência alerta – isto é, na altura em que deveríamos começar a adormecer – é quando o elemento épico e até progressivo de faixas como “Cleopatra” e “Wake Up The Sleeping Giant” começa a fazer efeito e nos deparamos com um dos casos em que a qualidade está lá, apenas precisamos de estar abertos a ela. À segunda audição, já começamos a reparar em mais detalhes, já os refrões começam a ficar registados, assim como as harmonias de guitarras. “The Empirical Shape Of Pain” é um simples álbum de heavy metal e para quem gosta e tem saudades disso, basta.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira