O segundo álbum dos noruegueses Borknagar envelheceu de forma graciosa. É o que podemos constatar quando a Punishment 18 Records nos deu a desculpa para pegar nele outra vez. Essa desculpa é a reedição do álbum originalmente lançado em 1997 levada a cabo pela editora italiana. Quase que nos sentimos culpados por não ouvir mais esta brilhante peça da música extrema. Numa altura em que o black metal dominava as atenções, seja no underground na sua vertente mais agreste e trve, seja no mainstream na vertente mais melódica, fazendo a ponte com os mundos sinfónicos e/ou góticos, os Borknagar e principalmente este álbum surgiram como uma lufada de ar fresco e com uma mistura vencedora entre a agressividade do black metal e os elementos folk e progressivos, próprios de outras eras.
Poderá até ser uma reedição que não acrescenta rigorosamente nada às anteriores, mas tendo em consideração o calibre de qualidade destas oito músicas, nem se pode criticar. Há espaço para tudo neste trabalho, desde o black metal fundido com o chamado, à falta de melhor designação, viking metal de "The Eye Of Oden", o épico progressivo "The Winterway", as belas peças instrumentais "Om Hundrede Aar Er Alting Glemt" e "Ascension Of Our Fathers", ou a soma de todos estes elementos em temas como "A Tale Of Pagan Tongue", "Grimland Domain" e "The Dawn Of The End".
Produção impecável, instrumentalmente sublime e com uma abordagem vocal excelente (isto antes de termos I.C.S. Vortex e Vintersorg na banda), em conjunto com músicas cheias de feeling e sentido de ambiência e atmosfera são a receita para um grande álbum. É bom existirem oportunidades como estas para se voltar a trabalhos como "The Olden Domain". Caso não soubessemos ou não tivessemos essa opinião, tem-se mais uma oportunidade para se ver este álbum como o clássico que é. Não de black metal, folk metal, viking metal ou até mesmo metal progressivo, avant garde ou de fusão e sim um clássico do metal extremo. Imortal.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Poderá até ser uma reedição que não acrescenta rigorosamente nada às anteriores, mas tendo em consideração o calibre de qualidade destas oito músicas, nem se pode criticar. Há espaço para tudo neste trabalho, desde o black metal fundido com o chamado, à falta de melhor designação, viking metal de "The Eye Of Oden", o épico progressivo "The Winterway", as belas peças instrumentais "Om Hundrede Aar Er Alting Glemt" e "Ascension Of Our Fathers", ou a soma de todos estes elementos em temas como "A Tale Of Pagan Tongue", "Grimland Domain" e "The Dawn Of The End".
Produção impecável, instrumentalmente sublime e com uma abordagem vocal excelente (isto antes de termos I.C.S. Vortex e Vintersorg na banda), em conjunto com músicas cheias de feeling e sentido de ambiência e atmosfera são a receita para um grande álbum. É bom existirem oportunidades como estas para se voltar a trabalhos como "The Olden Domain". Caso não soubessemos ou não tivessemos essa opinião, tem-se mais uma oportunidade para se ver este álbum como o clássico que é. Não de black metal, folk metal, viking metal ou até mesmo metal progressivo, avant garde ou de fusão e sim um clássico do metal extremo. Imortal.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira