O rock está de volta! É o que apetece dizer com este "New Day Rising" dos Von Hertzen Brothers, que não são propriamente desconhecidos nem novatos - já com seis discos de originais no currículo. Os filandeses regressam em grande e é algo que o tema título, o primeiro do trabalho, dá logo a indicação da qualidade que está aqui contida. É um tema que foi feito para tocar ao vivo, com uma melodia épica, refrão cativante e coros energéticos. "You Don't Know My Name" é mais directa e mais rock, dando um pouco de repentes de Red Hot Chili Peppers meets Supertramp meets Muse cantado por Chris Cornell (um nome que se associa muito bem à voz de Mikko Von Hertzen).
Esta é a fase do novo rock, do rock actual e os finlandeses estabelecem que são um dos novos nomes que são obrigatórios a ter em conta. Não basta fazer só refrões bonitinhos e fáceis de cativar, é preciso ter também alguma substância e "Trouble" é um malhão daqueles que leva o conceito a níveis estratosféricos. Por outro lado "Black Rain" tem um potencial comercial que facilmente poderia equivaler (ou até mesmo superar) qualquer single vindo por parte dos Pearl Jam e outros que tais assim como a "Hold Me Up" e a "Love Burns" - embora esta bem mais melódica e até pop de uma forma algo irritante. Esta sequência acaba por colocar o álbum com um espírito mais lamechas que no início não se esperava encontrar. Não quer dizer que não são boas músicas... apenas o alinhamento não parece ser o melhor, não ajuda a que o álbum seja mais forte.
Até mesmo a folclórica "Dreams", com a sua vibe boa onda, parece algo deslocada. E aquela onda rock do início parece que foi esquecida, o ouvinte já nem se lembra dela, já nem se lembra de que estamos a falar da mesma banda. Algo que muda com o final do álbum, com a sequência "Sunday Child" (que é uma espécie de "o que aconteceria se os Coldplay tocassem rock a sério"), "The Destitute" e "Hibernating Heart". É um álbum desequilibrado mas que mesmo assim mostra o talento da banda. Esse talento só não se materializou na hora de escolher o alinhamento para este trabalho. Bom álbum e excelente banda, que já não tem nada a provar a ninguém, mesmo quando as coisas não correm totalmente de feição, como foi o caso.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Esta é a fase do novo rock, do rock actual e os finlandeses estabelecem que são um dos novos nomes que são obrigatórios a ter em conta. Não basta fazer só refrões bonitinhos e fáceis de cativar, é preciso ter também alguma substância e "Trouble" é um malhão daqueles que leva o conceito a níveis estratosféricos. Por outro lado "Black Rain" tem um potencial comercial que facilmente poderia equivaler (ou até mesmo superar) qualquer single vindo por parte dos Pearl Jam e outros que tais assim como a "Hold Me Up" e a "Love Burns" - embora esta bem mais melódica e até pop de uma forma algo irritante. Esta sequência acaba por colocar o álbum com um espírito mais lamechas que no início não se esperava encontrar. Não quer dizer que não são boas músicas... apenas o alinhamento não parece ser o melhor, não ajuda a que o álbum seja mais forte.
Até mesmo a folclórica "Dreams", com a sua vibe boa onda, parece algo deslocada. E aquela onda rock do início parece que foi esquecida, o ouvinte já nem se lembra dela, já nem se lembra de que estamos a falar da mesma banda. Algo que muda com o final do álbum, com a sequência "Sunday Child" (que é uma espécie de "o que aconteceria se os Coldplay tocassem rock a sério"), "The Destitute" e "Hibernating Heart". É um álbum desequilibrado mas que mesmo assim mostra o talento da banda. Esse talento só não se materializou na hora de escolher o alinhamento para este trabalho. Bom álbum e excelente banda, que já não tem nada a provar a ninguém, mesmo quando as coisas não correm totalmente de feição, como foi o caso.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
