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Vocalista dos Vital Remains diz que a banda foi expulsa depois do incidente com crucifixo


Brian Werner, vocalista dos Vital Remains, publicou a seguinte declaração sobre o incidente que o levou a ter uma caricata discussão, em palco, com a proprietária do clube onde a banda actuava, por causa de um crucifixo que ali estava pendurado:

"Em relação ao incidente da cruz que aconteceu no The Haven, em Orlando, eu sinto que há muita desinformação a circular por aí, ao ponto de eu sentir necessidade de responder. Em primeiro lugar, isto não foi planeado, era um concerto numa sala pequena e não aconteceu como uma espécie de golpe publicitário, honestamente eu não pensei que isto fosse explodir da forma como explodiu, eu pensei que o incidente iria terminar assim que o concerto acabasse.

Em primeiro lugar, eu não quis desrespeitar a sala de espectáculos, essa nunca foi minha intenção. Eu ia apenas segurá-lo em frente ao público, fazer uma piada sobre ele, pousá-lo sobre a plataforma da bateria, continuar o concerto e depois colocá-lo no sítio, após a nossa actuação. As minhas tendências religiosas são bem conhecidas e pedirem-me para actuar sob esse símbolo, para mim, é extremamente ofensivo. Eu nem reparei nele antes do concerto pois estava no hotel a tentar recuperar da minha ida às urgências, na noite anterior, e não reparei até estar em palco. E se fosse uma banda Cristã a ser pedida para actuar sob um Baphomet ou uma cruz invertida?

O protesto deles seria completamente válido, então, porque é diferente quando os papéis se invertem? E quanto ao respeito por nós e pelas nossas crenças? E mais importante, e quanto ao respeito pelos nossos fãs (que claramente concordaram connosco pelos seus cânticos "Fuck Jesus") que escolherem comprar bilhetes para assistirem à nossa actuação pois sabem quem somos e sobre o que somos? E quanto ao seu direito de não verem o concerto ser desrespeitado e interrompido por uma mulher a carregar sobre o palco, aos gritos com eles e a recusar sair do palco?

Além disso, esta não é a primeira vez que ela faz isto, eu lembro-me dela ter invadido o palco durante a actuação de outra banda (Catch Rag) e ter desligado os seus amplificadores a meio da actuação e os ter expulsado. A minha caixa de entrada tem estado a estourar com outras bandas que tiveram experiências similares com ela, por isso isto não foi um incidente isolado, mas sim um padrão de comportamento. Além disso, se ela é assim tão Cristã, então porque estavam lá panfletos para "The Antichrist" espalhados por todo o clube? Claramente, é uma hipocrisia descarada permanecer numa caixa de sabão religiosa enquanto se convidam bandas como esta para lhe pagar as contas através dos fãs que lá gastam o seu dinheiro arduamente ganho.

Depois do concerto, fui fisicamente expulso pelos seguranças que disseram aos fãs que não podiam comprar os nossos produtos, o que não nos impediu de o fazer na parte de fora. Ela, então, deu um soco nas costas do nosso novo guitarrista (que não tinha nada a ver com a situação) enquanto ele estava a carregar o equipamento. Não que fosse uma situação ameaçadora mas o facto dela estar disposta a levar a questão para o nível físico demonstra o nível de imaturidade e falta de profissionalismo dela, não nosso.

Em conclusão, foi um incidente estúpido? Obviamente que sim. Não quis desrespeitar a sala de espectáculos, nem o promotor, eu ia simplesmente tirá-lo para baixo, fazer uma piada sobre ele e colocá-lo no sítio assim que o concerto acabasse. Aparentemente, isso é pedir muito a gente que não compreende o direito básico da liberdade de expressão e religião. Sim, há um tempo e um lugar para a liberdade de expressão mas se tu não podes exprimir a tua liberdade de expressão e de pensamento através da arte, então, onde podes?”

Werner publicou também este vídeo:


Por: Ângela Fontão Teixeira - 11 Abril 15