Álbum de estreia do duo britânico Throes que imediatamente nos faz pensar nas semelhanças com outro duo britânico, os Anaal Nathrakh. Também é certo que essas semelhanças são desfeitas quase que imediatamente. Se a produção de "Disassoctation" nos parece digital tal como as produções dos seus conterrâneos, é logo evidente aqui que as coisas são bem mais limpas e cristalinas, além de não ser tão explosivo (nem nada que se pareça) dando muito mais espaço para as dinâmicas conseguirem respirar, o que poderá agradar para aqueles que não gostam da mistura de grindcore com black metal.
Com cinco músicas apenas, a banda consegue trinta e quatro minutos intensos que tanto vão ao black metal, como ao doom opressivo, como ao death metal moderno, havendo ainda espaço para bons solos de guitarra. Ou seja, teoricamente trata-se de um álbum muito completo na perspectiva do fã de metal extremo. A questão é que nem sempre as coisas fluem. O equilíbrio entre ter dinâmica e músicas que são uma soma das suas passagens diferentes coladas nem sempre é fácil de atingir e aqui sente-se essa dificuldade por vezes. De qualquer forma, para um primeiro trabalho, revela talentos evidentes conjugados a uma necessidade de uma maior maturação.
Apesar de não chegar aos trinta e cinco minutos, é intenso o suficiente para parecer que tem quase uma hora, embora essa intensidade seja substituída algumas vezes por marasmo. É um trabalho que apresenta os throes ao mundo mas que também lhes vai exigir a fazer bem mais e bem melhor num segundo duração. A frieza industrial típicamente britânica está bem representada, assim como o espírito da música extrema mas é necessário algo mais para deixar uma impressão mais duradoura, algo que é demasiado evidente nos temas mais longos que encerram este álbum, "Narcoanalysis" e "Caveat".
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Com cinco músicas apenas, a banda consegue trinta e quatro minutos intensos que tanto vão ao black metal, como ao doom opressivo, como ao death metal moderno, havendo ainda espaço para bons solos de guitarra. Ou seja, teoricamente trata-se de um álbum muito completo na perspectiva do fã de metal extremo. A questão é que nem sempre as coisas fluem. O equilíbrio entre ter dinâmica e músicas que são uma soma das suas passagens diferentes coladas nem sempre é fácil de atingir e aqui sente-se essa dificuldade por vezes. De qualquer forma, para um primeiro trabalho, revela talentos evidentes conjugados a uma necessidade de uma maior maturação.
Apesar de não chegar aos trinta e cinco minutos, é intenso o suficiente para parecer que tem quase uma hora, embora essa intensidade seja substituída algumas vezes por marasmo. É um trabalho que apresenta os throes ao mundo mas que também lhes vai exigir a fazer bem mais e bem melhor num segundo duração. A frieza industrial típicamente britânica está bem representada, assim como o espírito da música extrema mas é necessário algo mais para deixar uma impressão mais duradoura, algo que é demasiado evidente nos temas mais longos que encerram este álbum, "Narcoanalysis" e "Caveat".
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira