É estranho analisar um novo álbum de uma banda que já terminou funções. Dá-nos que pensar… ou estamos a ficar velhos e lentos ou realmente este mundo roda a uma velocidade impressionante. Na verdade, um pouco das duas, mas nem sequer se possa dizer que neste caso em concreto tal se aplique. Isto porque “Family Tomb”, o sexto álbum da banda norte-americana, foi logo anunciado como o trabalho final dos Shroud Of Despondency. Para quem não sabe esta banda é na prática uma espécie de two-man-band onde todos os instrumentos estão a cargo de Rory Heikkila e a voz a cargo de Ron Blemberg. Heikkila referiu que foi tudo feito num espírito DIY, sem grandes condições, mas é precisamente essa mesma falta de condições que faz com que este trabalho soe tão bem.
Estilisticamente pode-se dizer que é um misto entre o black metal mais melódico (sem recurso a grandes extravagâncias sinfónicas) e aquele mais cru, o que o resultado são sete músicas de black metal com o ambiente apropriado. Não se poderá dizer que será um clássico obrigatório do género, mas definitivamente levantará a curiosidade em relação ao restante trabalho da banda. Quando uma banda usa os lugares comuns de qualquer estilo e mesmo assim, a música que resulta daí soa fresca e com qualidade suficiente para aguentar uma quantidade valente de audições, então é porque temos algo que vale a pena guardar.
Dissonâncias, pesos, distorção, ambiência black metal são apenas algumas das características que fazem com que temas como “Birth Rights Of the Sick”, “Where Desolation Is Destiny” e “Blessed Suffering” soem tão essenciais. Não é questão de dizer que é um álbum perfeito, até porque é bastante imperfeito, mas são as suas imperfeições e defeitos que fazem com que seja tão apreciável. Fica a sensação que para todos aqueles que chegaram agora a esta a banda fiquem extremamente desiludidos por ela terem acabado e existem razões para isso.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Estilisticamente pode-se dizer que é um misto entre o black metal mais melódico (sem recurso a grandes extravagâncias sinfónicas) e aquele mais cru, o que o resultado são sete músicas de black metal com o ambiente apropriado. Não se poderá dizer que será um clássico obrigatório do género, mas definitivamente levantará a curiosidade em relação ao restante trabalho da banda. Quando uma banda usa os lugares comuns de qualquer estilo e mesmo assim, a música que resulta daí soa fresca e com qualidade suficiente para aguentar uma quantidade valente de audições, então é porque temos algo que vale a pena guardar.
Dissonâncias, pesos, distorção, ambiência black metal são apenas algumas das características que fazem com que temas como “Birth Rights Of the Sick”, “Where Desolation Is Destiny” e “Blessed Suffering” soem tão essenciais. Não é questão de dizer que é um álbum perfeito, até porque é bastante imperfeito, mas são as suas imperfeições e defeitos que fazem com que seja tão apreciável. Fica a sensação que para todos aqueles que chegaram agora a esta a banda fiquem extremamente desiludidos por ela terem acabado e existem razões para isso.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira