O Ink n’ Roll – Tattoo Metal Fest surge com o intuito de aliar o mundo das tatuagens e bodypiercing à música pesada. Além dos concertos de sete bandas, a primeira edição do festival contou com um espaço dedicado às tatuagens. Durante os dois dias estiveram presentes três estúdios: o ByKiko Tattoos do Porto, Los Gringos Tattoos de Vila Real e Ivo RosFar da Rock Ink de Celorico de Basto.
Dia 1 - 17/04/2015
A abrir o festival esteve a DJ Su Catalão, que animou os festivaleiros à medida que iam chegando.
Com algum atraso, os Destroyers Of All subiram ao palco com “Soul Retrieval” para, finalmente, dar início. Para além de temas do EP Into The Fire, a banda optou por uma cover de Death, “The Philosopher”. “Cowboys From Hell” de Pantera aproximou o público do palco, fazendo mexer até os mais parados. “Astral Projection” fechou o concerto.
Os
Terror Empire foram a segunda e última actuação. A banda de Coimbra levou na
bagagem o novo álbum “The Empire Strikes Black”, começando o concerto com as
primeiras faixas do disco, “The Empire Strikes” e “Black”. “The Servant”
entusiasmou bastante os presentes levando-os a participar no mosh. Houve ainda
tempo para uma música do álbum antigo intitulado “Face The Terror”, a escolhida
foi “Redemptive Punishment”. Como último tema, a banda tinha preparado “Skinned
Alive”, mas não contente, o público pediu mais um e, para terminar a noite em
grande, o quinteto escolheu “Revolution Now”.
Ao
DJ TreBARunA foi incumbida a tarefa de finalizar o primeiro dia do evento.
Dia 2 – 18/04/2015
O
início do segundo dia do Ink n’ Roll tardou mas começou com uma forte actuação
de Skinning. Os vimaranenses fizeram questão de rebentar com o palco, fixando
o público a este que seria o primeiro concerto de um dia a terminar algumas
horas depois. “Blow Me”, dedicada ao Paulo de Serrabulho, deu por finalizado o
espectáculo.
Passando
para um género completamente diferente, os M.I.L.F. levaram a Vila Real um
metal mais experimental. A banda de Braga conseguiu colar os presentes, transportando-os
para um ambiente transcendente. Para além de temas mais antigos, o grupo
elegeu alguns dos novos como “Web Of Questions”, “Steel” e “Unborn Pride” a
fechar o concerto.
Da cidade de Viseu, regressaram à casa os Promethevs para cerca de quarenta minutos de
actuação. “Strenght To Fight” do álbum “In The Land Of Lucifer” foi o tema de
abertura. O vocalista, João Vieira, mandou-se ainda para o meio do público
fazendo com que este aderisse de forma mais activa ao concerto. Além de “This
Land Is Mine” e “Worst Truth”, ainda houve espaço para uma cover de Machine
Head, “Davidian”.
A
noite estava um pouco longe de terminar e foi o thrash/death clássico de Buried
Alive que iniciou a penúltima actuação. Apesar da chuva lá fora, dentro
manteve-se um clima quente e pesado. Músicas como “Zero Tolerance” e “Torture”
ajudaram a aquecer, embora o público não se tenha mostrado muito activo. Fecharam
com chave de ouro, com um tema de Sepultura, “Arise”.
Coube
aos Serrabulho terminar a noite da melhor forma. A tocar “em casa”, o quarteto primou pela diferença pelo “happy grind” e pelo ambiente criado. Como já vem
sendo habitual em concertos do grupo, o palco estava decorado com peluches e
adereços paródicos, bem como os elementos da banda vestidos a rigor. “Pornocchio”,
que faz parte do novo álbum “Star Whores”, deu início ao “baile” e perante uma
casa cheia, os vila-realenses animaram os presentes fazendo toda a gente aderir
ao mosh. Entre os temas mais antigos, “Léche Moi Les Couilles” e Pubic Air In
The Glasses”, foram os que mais agitaram o público. A actuação não podia deixar
de terminar com uma invasão do palco, a convite da banda.
Ao
DJ/VJ Kira foram dadas as hostilidades de encerrar o festival. Este, que
segundo a organização, promete ser o primeiro de muitos.
Texto por Patrícia Garrido
Fotografias por André C. Macedo
Agradecimentos: Pedro Pacheco