"PaleMoon" - é este o título do sétimo álbum dos nacionais Corpus Christii, quatro anos após "Lu-ciferian Frequencies" ter deixado marca e quinze longos anos depois de "Saeculum Domini" ter iniciado este sólido caminho de tormentos. A banda de N.H., aproveitou a ocasião para voltar a uma sala lisboeta e apresentar o seu novo trabalho. Num RCA bem composto, subiram igualmente ao palco os Infra e os Neoplasmah.
Na noite em que os fãs puderam pôr as mãos no novíssimo e debutante "Initiation on the Ordeals of Lower Vibrations", em formato Vinyl, o trio da grande Lisboa levou para o palco todo o potencial reconhecido pela Nuclear War Now, editora americana através da qual lançaram o EP. Mesmo divididos em vários projectos, é perceptível o compromisso entre os intervenientes em torno de Infra, pela forma oleada como fazem a sua música soar e pela intensidade que conseguem imprimir em cada riff ou em cada agressão aos pratos. A aura negra que envolve o poço musical da banda é de tal forma densa, que com grande facilidade engole também todos os que estão à volta. A energia passou cá para fora, sinal não só de competência como também de alma e significado. Em silêncio chegaram e em silêncio desapareceram. Quem ainda não viu, aproveite uma das próximas oportunidades!
E depois algo mais técnico e matemático. Recentemente, os Neoplasmah haviam já dado um belo concerto no Side B, e não satisfeitos repetiram a dose. Apesar de aqui e ali o som não ter estado ao melhor nível, é sempre de ficar de queixo no chão quando se vê a forma como o Alex brinca com o baixo e monopoliza as atenções, mesmo estando ao lado de uma menina com uma voz imponente e uma presença sempre simpática. Bruto como se deseja um concerto do género, a banda confiou na estabilidade do palco e das paredes do RCA, tratando de disparar Death Metal vertiginoso e poderoso, com um peso grande sobre cada uma das cabeças ali presentes. A noite não pertencia só ao Black Metal. Os Neoplasmah fizeram questão de o deixar bem claro.
Por fim, o motivo principal para que mais um serão fosse passado numa das salas mais apelativas da capital. Os Corpus Christii acabavam de editar "PaleMoon", e foi essa a base do prato principal da noite. Com caras mais ou menos novas no elenco, o conjunto portou-se como tal, com uma solidez que não se estranha, comemorando o novo lançamento com um concerto a roçar o que de melhor se viu da banda e deixando boas perspectivas para próximas datas. A nova e orelhuda "Night of the Flaming Hatred" abriu o ritual, mas a banda não demorou a revisitar o passado, quando logo depois "Crimson Hour" saiu disparada das guitarras como agulhas a serem enterradas nos ouvidos de quem aguardava por esse tema. Num ping pong entre novas e rodadas, os C.C. não se esqueceram de "Stabbed" e, claro, de "All Hail Master Satan" que se julgava ter encerrado a noite. Porém essa responsabilidade foi deixada a cargo de "Fire God" num encore inusitado mas que se enquadrou bem no espírito do evento. O corpo de deus está vivo!
Na noite em que os fãs puderam pôr as mãos no novíssimo e debutante "Initiation on the Ordeals of Lower Vibrations", em formato Vinyl, o trio da grande Lisboa levou para o palco todo o potencial reconhecido pela Nuclear War Now, editora americana através da qual lançaram o EP. Mesmo divididos em vários projectos, é perceptível o compromisso entre os intervenientes em torno de Infra, pela forma oleada como fazem a sua música soar e pela intensidade que conseguem imprimir em cada riff ou em cada agressão aos pratos. A aura negra que envolve o poço musical da banda é de tal forma densa, que com grande facilidade engole também todos os que estão à volta. A energia passou cá para fora, sinal não só de competência como também de alma e significado. Em silêncio chegaram e em silêncio desapareceram. Quem ainda não viu, aproveite uma das próximas oportunidades!
E depois algo mais técnico e matemático. Recentemente, os Neoplasmah haviam já dado um belo concerto no Side B, e não satisfeitos repetiram a dose. Apesar de aqui e ali o som não ter estado ao melhor nível, é sempre de ficar de queixo no chão quando se vê a forma como o Alex brinca com o baixo e monopoliza as atenções, mesmo estando ao lado de uma menina com uma voz imponente e uma presença sempre simpática. Bruto como se deseja um concerto do género, a banda confiou na estabilidade do palco e das paredes do RCA, tratando de disparar Death Metal vertiginoso e poderoso, com um peso grande sobre cada uma das cabeças ali presentes. A noite não pertencia só ao Black Metal. Os Neoplasmah fizeram questão de o deixar bem claro.
Por fim, o motivo principal para que mais um serão fosse passado numa das salas mais apelativas da capital. Os Corpus Christii acabavam de editar "PaleMoon", e foi essa a base do prato principal da noite. Com caras mais ou menos novas no elenco, o conjunto portou-se como tal, com uma solidez que não se estranha, comemorando o novo lançamento com um concerto a roçar o que de melhor se viu da banda e deixando boas perspectivas para próximas datas. A nova e orelhuda "Night of the Flaming Hatred" abriu o ritual, mas a banda não demorou a revisitar o passado, quando logo depois "Crimson Hour" saiu disparada das guitarras como agulhas a serem enterradas nos ouvidos de quem aguardava por esse tema. Num ping pong entre novas e rodadas, os C.C. não se esqueceram de "Stabbed" e, claro, de "All Hail Master Satan" que se julgava ter encerrado a noite. Porém essa responsabilidade foi deixada a cargo de "Fire God" num encore inusitado mas que se enquadrou bem no espírito do evento. O corpo de deus está vivo!
Texto por Carlos Fonte
Agradecimentos: Notredame Productions