"To Deny Everything That's Mundane" é um split entre as bandas Khelvin e Fleshworld. Os Khelvin são suiços e são um dos bons nomes do hardcore bruto e noise rock europeu. A banda tem às costas dois álbum de originais ("The Mountain Daylight Time" e "The Orchard Of Forking Paths"), mais um split com os Rorcal e um EP. Na tour do último álbum conheceram os polacos Fleshworld e uma nova amizade nasceu logo imediatamente. Os Fleshworld têm um álbum do currículo, "Like We're all again, e são donos de um forte som que misturava sludge e pós-metal. Actualmente estão algo diferentes, mas o espírito de música experimental e forte continua bem presente.
Com a necessidade de fazerem algo em conjunto surgiu a ideia de fazerem uma espécie de split conceptual, algo que não é muito comum. Sendo assim, este split conta a história de um matemático e das dificuldades que encontra na sua vida. Cada uma das faixas (três a cargo dos Kehlvin e dois a cargo dos Fleshworld) foca um epísódio da vida do matemático, e embora o tema principal seja a ciência, também focam inevitavelmente várias questões filosóficas e alguma procura de alma em relação a certas crenças, questões que qualquer um poderá encontrar na sua própria vida.
Musicalmente, as duas bandas complementam-se bem apesar das óbvias diferenças entre as duas, mas este trabalho, como um todo, soa coeso e não nos surge como as habituais propostas em que temos duas bandas quase afastadas por dois pólos completamente distintos. E este é o ponto de maior evidência e sem dúvida a grande arma deste trabalho. Um surpreendente trabalho de metal moderno e experimental, hipnótico e barulhento. É assim mesmo que gostamos.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Com a necessidade de fazerem algo em conjunto surgiu a ideia de fazerem uma espécie de split conceptual, algo que não é muito comum. Sendo assim, este split conta a história de um matemático e das dificuldades que encontra na sua vida. Cada uma das faixas (três a cargo dos Kehlvin e dois a cargo dos Fleshworld) foca um epísódio da vida do matemático, e embora o tema principal seja a ciência, também focam inevitavelmente várias questões filosóficas e alguma procura de alma em relação a certas crenças, questões que qualquer um poderá encontrar na sua própria vida.
Musicalmente, as duas bandas complementam-se bem apesar das óbvias diferenças entre as duas, mas este trabalho, como um todo, soa coeso e não nos surge como as habituais propostas em que temos duas bandas quase afastadas por dois pólos completamente distintos. E este é o ponto de maior evidência e sem dúvida a grande arma deste trabalho. Um surpreendente trabalho de metal moderno e experimental, hipnótico e barulhento. É assim mesmo que gostamos.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
