Há algo de clássico na capa de "Savage Land", algo que nos remete para os primórdios do death metal. Depois de alguma investigação cedo se descobre de que não é pura coincidência a arte da capa da estreia dos Gruesome nos parecer familiar, já que a mesma ficou a cargo de Ed Repka, o artista responsável com capas clássicas como a de "Leprosy". É exactamente essa capa que nos surge imediatamente na mente e pode-se dizer que se trata de um remake da mesma. No entanto, não será também coincidência, essa capa de Death, já que a avaliar pelo tema título que abre o álbum e pelo segundo que se lhe segue, "Trapped In Hell", temos Death vintage escarrapachado por todo o lado.
Poderá pensar-se que se trata de uma banda nova, com falta de criatividade, a tentar seguir as pisadas ou homanagear (ou as duas) o grande Chuck, no entanto, o que temos aqui é um grupo, que apesar de recente (criado o ano passado), é composto por músicos já experientes, sendo eles, Matt Harvey, de bandas como Exhumed, na guitarra e voz (muito semelhante à de Chuck Schuldiner nos seus primórdios); Gus Rios dos Evil Amidst e Upomn Infliction na bateria; Robin Mazen dos Derkéta no baixo e Daniel Gonzalez dos Possessed na guitarra. Provado que não se trata de uma banda inexperiente, poderá alegar-se ainda que apesar do currículo, a criatividade não lhes assiste. E não existem razões para dizer o contrário. A questão é que estas oito músicas são tão "Death-Leprosy" que é impossível não gostar delas - isto partindo do princípio de que se gosta da fase e banda em questão.
E é incrível como a cópia descarada de algo possa soar tão bom mas é isso mesmo que acontece. Por que na verdade, as músicas são de uma qualidade excepcional. Seria como que uma continuação natural a esse álbum caso a mítica banda norte-americana não se desenvolvesse e evoluísse tanto de álbum para álbum. E a banda tem noção disso mesmo, daí títulos como "Closed Casket" (referência a "Open Casket"). Será que será esta uma fórmula para os novos tempos? Pegar em coisas já feitas, com sucesso, mudar um pouco e tentar fazer algo novo? Não sabemos. O que sabemos é que o original é sempre o original e neste caso, imortal. "Savage Land" soa bem, e entra que nem manteiga, mesmo a fazer batota tem que se lhe dar valor por isso. Viciante, mas levanta algumas questões acerca de originalidade e relevância. Felizmente a música é tão boa que essas questões podem apenas surgir trinta e seis minutos depois, que é o tempo que demora a terminar "Savage Land". E daí nem nessa altura.
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira
Poderá pensar-se que se trata de uma banda nova, com falta de criatividade, a tentar seguir as pisadas ou homanagear (ou as duas) o grande Chuck, no entanto, o que temos aqui é um grupo, que apesar de recente (criado o ano passado), é composto por músicos já experientes, sendo eles, Matt Harvey, de bandas como Exhumed, na guitarra e voz (muito semelhante à de Chuck Schuldiner nos seus primórdios); Gus Rios dos Evil Amidst e Upomn Infliction na bateria; Robin Mazen dos Derkéta no baixo e Daniel Gonzalez dos Possessed na guitarra. Provado que não se trata de uma banda inexperiente, poderá alegar-se ainda que apesar do currículo, a criatividade não lhes assiste. E não existem razões para dizer o contrário. A questão é que estas oito músicas são tão "Death-Leprosy" que é impossível não gostar delas - isto partindo do princípio de que se gosta da fase e banda em questão.
E é incrível como a cópia descarada de algo possa soar tão bom mas é isso mesmo que acontece. Por que na verdade, as músicas são de uma qualidade excepcional. Seria como que uma continuação natural a esse álbum caso a mítica banda norte-americana não se desenvolvesse e evoluísse tanto de álbum para álbum. E a banda tem noção disso mesmo, daí títulos como "Closed Casket" (referência a "Open Casket"). Será que será esta uma fórmula para os novos tempos? Pegar em coisas já feitas, com sucesso, mudar um pouco e tentar fazer algo novo? Não sabemos. O que sabemos é que o original é sempre o original e neste caso, imortal. "Savage Land" soa bem, e entra que nem manteiga, mesmo a fazer batota tem que se lhe dar valor por isso. Viciante, mas levanta algumas questões acerca de originalidade e relevância. Felizmente a música é tão boa que essas questões podem apenas surgir trinta e seis minutos depois, que é o tempo que demora a terminar "Savage Land". E daí nem nessa altura.
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira