O período áureo dos shredders pode muito bem ter sido a década de oitenta, com a mítica editora Shrapnel a dar um grande impulso. No entanto hoje em dia, e cada vez mais, assistimos ao aparecimento de inúmeros guitarristas talentosos vindos de todos os cantos do mundo e que se aventuram em lançamentos a solo e em canais de youtube, conseguindo um nível de popularidade nunca atingido antes. É o caso do chileno Erick Ávila, guitarrista e líder da banda Six Magics, com a qual lançou quatro álbuns e um dvd ao vivo e que agora se arrisca num trabalho a solo que é digno do período mais fértil da Shrapnel.
As bases já há muito estão criadas, portanto, é difícil inovar neste estilo mas a maneira de fazer e marcar a diferença é no equilíbrio entre a técnica, o feeling e os ganchos que se mandam para ver ser apanham algum ouvinte à primeira. Poderá dizer-se que em todos estes aspectos, “Oblivion” é bem sucedido. “Aachen” começa com um riff bem poderoso e é uma excelente forma de começar este trabalho, enquanto “Ranco” é suave e apelará a todos os que gostam de melodia. Sempre com um toque de modernismo, “Binsfeld” é o equilíbrio entre a potência, a melodia, e até um certo espírito de fusão jazz, num tema que se revela um dos melhores do trabalho. Por falar em jazz de fusão, um tema como “Latin Groove” vai beber tanto às raízes musicais da própria cultura de Ávila assim como algumas influências de Al Di Meola. Mesmo para quem não gosta deste tipo de experimentações, é tema que agradará sem dúvida, principalmente pela forma pesadona como termina.
O equilíbrio entre a melodia e o peso está sem dúvida atingido e temas como “Algren” e “Aipo”, conseguem-no de forma sublime. Se a primeira aposta na melodia, a segunda já aposta num feeling bem rock/metal e totalmente shredder. Por sua vez, “Tatio” e “Vica” já é algo mais típico daquilo que o rock instrumental tem para oferecer, sendo que esta última até faz lembrar remotamente os nossos Gonçalo Pereira e Paul Barros. É um trabalho forte e sólido que para muitos servirá como apresentação para este talentoso guitarrista chileno, que apesar de estar numa das maiores exportações heavy metal do seu país, ainda não é conhecido suficiente fora do seu país. “Oblivion” tem tudo para alterar essa questão.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
As bases já há muito estão criadas, portanto, é difícil inovar neste estilo mas a maneira de fazer e marcar a diferença é no equilíbrio entre a técnica, o feeling e os ganchos que se mandam para ver ser apanham algum ouvinte à primeira. Poderá dizer-se que em todos estes aspectos, “Oblivion” é bem sucedido. “Aachen” começa com um riff bem poderoso e é uma excelente forma de começar este trabalho, enquanto “Ranco” é suave e apelará a todos os que gostam de melodia. Sempre com um toque de modernismo, “Binsfeld” é o equilíbrio entre a potência, a melodia, e até um certo espírito de fusão jazz, num tema que se revela um dos melhores do trabalho. Por falar em jazz de fusão, um tema como “Latin Groove” vai beber tanto às raízes musicais da própria cultura de Ávila assim como algumas influências de Al Di Meola. Mesmo para quem não gosta deste tipo de experimentações, é tema que agradará sem dúvida, principalmente pela forma pesadona como termina.
O equilíbrio entre a melodia e o peso está sem dúvida atingido e temas como “Algren” e “Aipo”, conseguem-no de forma sublime. Se a primeira aposta na melodia, a segunda já aposta num feeling bem rock/metal e totalmente shredder. Por sua vez, “Tatio” e “Vica” já é algo mais típico daquilo que o rock instrumental tem para oferecer, sendo que esta última até faz lembrar remotamente os nossos Gonçalo Pereira e Paul Barros. É um trabalho forte e sólido que para muitos servirá como apresentação para este talentoso guitarrista chileno, que apesar de estar numa das maiores exportações heavy metal do seu país, ainda não é conhecido suficiente fora do seu país. “Oblivion” tem tudo para alterar essa questão.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira