Certas bandas conseguem estar anos quietas e mesmo assim causar alguma agitação quando voltam. Com os Diabolicum não se pode dizer que seja bem o caso, já que a impressão que “The Dark Blood Rising (The Hatecrowned Retaliation)” não foi nem esmagadora nem causou um consenso alargado mesmo que fosse uma apreciável obra de black metal industrial, numa altura em que até nem era tão cool quanto isso fazer black metal industrial. Neste caso, muita água já passou abaixo dessa ponte e este “Ia Pazuzu” até poderia ser acusado de soar datado após tanto tempo depois – 14 anos! – do anterior álbum.
A verdade é que “Ia Pazuzu” não só não soa datado, como ainda consegue soar bem mais ameaçador e válido que muitas propostas de black metal que por aí andam. Talvez fossem necessários 14 anos para que este nível de qualidade fosse atingido, embora o resultado inspirado não nos pareça que tenha tido como principal causa o tempo que passou entre álbuns. De qualquer forma, a banda junta o black metal mais agreste com uma saudável costela melódica, sem falar do factor ambient e atmosférico – mesmo que estejam lá atrás tudo na mistura, conseguem-se fazer sentir.
No entanto, a grande arma deste terceiro álbum é mesmo a dinâmica e a forma como conseguem ter um álbum bastante diversos. Se pegarmos em “Genocide Bliss” por exemplo, é possível deparar-nos com uma costela bem tradicional, próximo daquilo que era feito no início do milénio, enquanto “Salvation Through Vengeance” já sugere algo na linha de Anaal Nathrakh e “The Abyss Of The Shadows” é mais compassada e intensa no ambiente claustrofóbico que proporciona. Estiveram 14 anos ausentes dos álbuns, e talvez não tenham sentido a sua falta, mas que “Ia Pazuzzu” é um grande álbum de black metal industrial, disso que não restem dúvidas.
A verdade é que “Ia Pazuzu” não só não soa datado, como ainda consegue soar bem mais ameaçador e válido que muitas propostas de black metal que por aí andam. Talvez fossem necessários 14 anos para que este nível de qualidade fosse atingido, embora o resultado inspirado não nos pareça que tenha tido como principal causa o tempo que passou entre álbuns. De qualquer forma, a banda junta o black metal mais agreste com uma saudável costela melódica, sem falar do factor ambient e atmosférico – mesmo que estejam lá atrás tudo na mistura, conseguem-se fazer sentir.
No entanto, a grande arma deste terceiro álbum é mesmo a dinâmica e a forma como conseguem ter um álbum bastante diversos. Se pegarmos em “Genocide Bliss” por exemplo, é possível deparar-nos com uma costela bem tradicional, próximo daquilo que era feito no início do milénio, enquanto “Salvation Through Vengeance” já sugere algo na linha de Anaal Nathrakh e “The Abyss Of The Shadows” é mais compassada e intensa no ambiente claustrofóbico que proporciona. Estiveram 14 anos ausentes dos álbuns, e talvez não tenham sentido a sua falta, mas que “Ia Pazuzzu” é um grande álbum de black metal industrial, disso que não restem dúvidas.
Nota: 8.2/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
