Lituânia. Ora aí está um destino para o metal para onde normalmente não embarcamos. É de esperar que se encare este EP de estreia auto-intitulado dos Au-Dessus com alguma desconfiança, mas como já foi dito muitas vezes, e não só nestas páginas e não só sobre música, não há nada como realmente. Antes que o preconceito nos domine, há que deixar a música falar para que nos diga se existe razão de ser para o preconceito. E não existe. A banda move-se num post-metal que mistura o melhor do experimentalismo com o ambiente mais negro do black metal. Para que nos seja mais fácil ilustrar este quadro negro, seria algo próximo de uns Cult Of Luna caso decidissem tocar versões dos Mayhem e Deathspell Omega antigo. Ou seja, muito, muito bom.
são cinco temas apenas que nos entretêm e nos fazem viajar durante trinta minutos e se "I" não impressiona, pelo menos na sua segunda metade (e sim, é um tema com apenas dois minutos mas tem assim TANTA dinâmica em que metade é boa e metade é menos boa), já o mesmo não se pode dizer de todas as outras que se seguem. "II" é um épico esmagador, "III" tem um riff inicial que é do mais clássico que o black metal escandinavo pode oferecer, uma das grandes faixas de todo o trabalho. "IV" tem uma toada mais doom, mas lá mais para frente tem uns riffs e uns contra riffs desconcertantes que fazem com que fique imediatamente no ouvido, tal como a "V", que usa a mesma fórmula.
É um EP de estreia impressionante que sem dúvida que apreciará tanto a fãs de Process Of Guilt como a de Corpus Christii - só para citar os mestres do estilos em questão nacionais, porque também damos cartas neles. Boa surpresa a por a Lituânia no mapa do metal.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
são cinco temas apenas que nos entretêm e nos fazem viajar durante trinta minutos e se "I" não impressiona, pelo menos na sua segunda metade (e sim, é um tema com apenas dois minutos mas tem assim TANTA dinâmica em que metade é boa e metade é menos boa), já o mesmo não se pode dizer de todas as outras que se seguem. "II" é um épico esmagador, "III" tem um riff inicial que é do mais clássico que o black metal escandinavo pode oferecer, uma das grandes faixas de todo o trabalho. "IV" tem uma toada mais doom, mas lá mais para frente tem uns riffs e uns contra riffs desconcertantes que fazem com que fique imediatamente no ouvido, tal como a "V", que usa a mesma fórmula.
É um EP de estreia impressionante que sem dúvida que apreciará tanto a fãs de Process Of Guilt como a de Corpus Christii - só para citar os mestres do estilos em questão nacionais, porque também damos cartas neles. Boa surpresa a por a Lituânia no mapa do metal.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira