O mundo do gótico, quando fundido com o metal sempre resultou em algo de cariz sinfónico e/ou gótico bem melódico pelo que este álbum de estreia por parte dos noruegueses Viper Solfa acaba por ser uma surpresa interessante. Tendo como principal instigador Ronny Thornsen, ex-vocalista dos Trail Of Tears, e ainda contando com outros seus ex-companheiros da banda como o baixista Endre Moe e o baterista Bjørn Dugstad Rønnow, ainda com Morfeus (ex-Limbonic Art e actualmente nos Dimension F3H) e com Miriam "Sphinx" Renvåg, também vocalista nos Ram-Zet. Não se pense então que o Thornsen, mais conhecido pelo seu gutural bruto, se tenha convertido aos agudos e de que o que temos aqui é power metal, tradição europeia. Não, a banda coloca o poder na palavra power, e assim prova "Deranged" que nos mostra logo uma intensidade irresistível.
Ao contrário do que se espera de uma banda com dois vocalistas, um feminino e outro masculino, não é a típica fórmula de bela e monstro que já ouvimos tantas vezes no passado, com músicas inteiramente melódicas e com alguns momentos pesados, onde a voz ríspida traz intensidade extra. Aqui é precisamente o contrário, temos músicas inteiramente pesadas, com alguns momentos melódicos introduzidos pela voz limpa de Miriam. Assim sendo temos todos os elementos que fazem parte da fórmula (vocalista masculino e feminina, uso de orquestrações e arranjos sinfónicos e as guitarras bem apuradas) mas o resultado é bem diferente do expectável. Death/black/thrash/gótico, tudo junto no mesmo caldeirão resultando num disco que agarra do primeiro momento.
Com um sentido incrível de dinâmicas e com uma capacidade para fazer músicas demolidoras (uma sequência como "Funeral Of Kings", o tema título, "The Toxic Thousands" e "Vulture Kingdom" é para deixar qualquer um desnorteado. No bom sentido, claro. Para quem já estava a perder a esperança com os lançamentos da Massacre, este é o álbum a ouvir. Potente, melódico, catchy, viciante e praticamente inesgotável, com capacidade para garantir muitas horas de boas audições para aqueles que gostam da mistura da música extrema entre os elementos do death, do black e do metal sinfónico. Uma bomba, basicamente.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Ao contrário do que se espera de uma banda com dois vocalistas, um feminino e outro masculino, não é a típica fórmula de bela e monstro que já ouvimos tantas vezes no passado, com músicas inteiramente melódicas e com alguns momentos pesados, onde a voz ríspida traz intensidade extra. Aqui é precisamente o contrário, temos músicas inteiramente pesadas, com alguns momentos melódicos introduzidos pela voz limpa de Miriam. Assim sendo temos todos os elementos que fazem parte da fórmula (vocalista masculino e feminina, uso de orquestrações e arranjos sinfónicos e as guitarras bem apuradas) mas o resultado é bem diferente do expectável. Death/black/thrash/gótico, tudo junto no mesmo caldeirão resultando num disco que agarra do primeiro momento.
Com um sentido incrível de dinâmicas e com uma capacidade para fazer músicas demolidoras (uma sequência como "Funeral Of Kings", o tema título, "The Toxic Thousands" e "Vulture Kingdom" é para deixar qualquer um desnorteado. No bom sentido, claro. Para quem já estava a perder a esperança com os lançamentos da Massacre, este é o álbum a ouvir. Potente, melódico, catchy, viciante e praticamente inesgotável, com capacidade para garantir muitas horas de boas audições para aqueles que gostam da mistura da música extrema entre os elementos do death, do black e do metal sinfónico. Uma bomba, basicamente.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira