Mais um duo que nos chega às mãos, desta vez, do Japão. Já que estamos todos aqui reunidos num local de barulho, qualquer coisa que nos chega, seja de que sítio for, é esperado que seja barulho. No entanto, de vez em quando, conseguimos ser surpreendidos como foi o caso com este “Bloodsuckers”. Depois de uma intro breve e bem melódica na pela de “Reincarnation”, uma bonita peça de piano, o que se segue não é de todo o que esperaria ouvir, pelo menos para quem for fã de metal. Uma batida e uns pads de teclado introduzem “Zero”, um tema que não estaria desfasado de uma Rádio Comercial ou até RFM.
É esse tipo de surpresa.
A parte curiosa: a música até nem é má de toda. Claro que após algumas audições, gritamos por socorro, porque tal como um vírus mega-infeccioso, esta música apega-se a partes do cérebro às quais o acesso é difícil para depois a conseguirmos retirar. Com “Lips” chega-nos mais peso mas o igual sentido de melodias e refrões orelhudos. Com base neste tema podemos chegar à verdadeira identidade da banda. Rock/metal moderno, cheio de pormenores electrónicos e industrial – ora mais dançantes ora não – que consegue cativar desde o primeiro momento.
Outra surpresa é mesmo a voz, em que se tem uma banda japonesa em que quase que não se percebe que são japoneses, mesmo a cantar outra língua diferente da sua. Quase, por certas coisas não se conseguem evitar. É um álbum que consegue ter tanto de pop como de rock moderno e se algumas destas misturas dão em artigos desesperados por atenção, “Bloodsuckers” soa a genuíno e interessante. Não é um álbum que irá durar uma vida inteira – se durar até ao final do ano já será uma sorte – mas que tem argumentos que justifiquem umas valentes audições, isso sim.
Nota: 6.8/10
Review por Fernando Ferreira
É esse tipo de surpresa.
A parte curiosa: a música até nem é má de toda. Claro que após algumas audições, gritamos por socorro, porque tal como um vírus mega-infeccioso, esta música apega-se a partes do cérebro às quais o acesso é difícil para depois a conseguirmos retirar. Com “Lips” chega-nos mais peso mas o igual sentido de melodias e refrões orelhudos. Com base neste tema podemos chegar à verdadeira identidade da banda. Rock/metal moderno, cheio de pormenores electrónicos e industrial – ora mais dançantes ora não – que consegue cativar desde o primeiro momento.
Outra surpresa é mesmo a voz, em que se tem uma banda japonesa em que quase que não se percebe que são japoneses, mesmo a cantar outra língua diferente da sua. Quase, por certas coisas não se conseguem evitar. É um álbum que consegue ter tanto de pop como de rock moderno e se algumas destas misturas dão em artigos desesperados por atenção, “Bloodsuckers” soa a genuíno e interessante. Não é um álbum que irá durar uma vida inteira – se durar até ao final do ano já será uma sorte – mas que tem argumentos que justifiquem umas valentes audições, isso sim.
Nota: 6.8/10
Review por Fernando Ferreira