Directamente da Austrália somos invadidos pelos nossos conhecidos The Kill. Com um curto histórico, já conceituado, propõem-nos este novo trabalho de originais “Kill Them...All”. E o que esperar dele? Perguntam-me. Puro ruído sobre a forma mais atroz e delicada como só o melhor grindcore consegue oferecer. Ainda estou na dúvida se a Austrália também será um daqueles países cuja facilidade de fazer música destruidora é algo genético, atenção, aqui, não incluo apenas o grindcore, seria injusto da minha parte, mas começo por ele e com Blood Duster, passando por Vomitor, Portal, Austere e, porque não, AC/DC. Tudo bandas bombásticas, logo isto leva-me a dizer que afinal fiz uma questão de retórica pura porque efectivamente a Austrália tem bandas suficientes para merecer o rótulo anterior!
Como qualquer álbum de grindcore que se preze, os 19 temas que o inclui têm um somatório de tempo inferior a 30 minutos, mais concretamente chegam aos 26 minutos. Isto fazendo contas por alto dá algo como 90 segundos por tema, facto promissor da intensidade deste registo. De facto, os The Kill apresentam-se mais brutos, destruidores e bestiais neste “Kill Them...All”, talvez a maior diferença seja mesmo a voz que, desta vez, apresenta-se menos berrada, conferindo mais peso à música destes Australianos. Sei que poderá parecer nonsense dizer que tudo se passa muito rápido, mas é a sensação que fica, pois esta quase meia hora de música esgota-se num meio ciclo de ventilação. Agora escolham se preferem ouvi-lo na inspiração ou expiração, porque uma coisa é certa, de uma forma ou outra, este vai vos fazer suster a respiração!
Nota: 7.6/10
Review por Pedro Pedra