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Stream Of Passion - "A War Of Our Own" Review


Inicialmente criados em 2005 por Arjen Lucassen, mais conhecido pelo seu projecto Ayreon, como uma forma de exposição para o talento de Marcela Bovio, que tinha colaborado com o conhecido compositor dez anos antes no álbum "The Final Experiment. Arjen esteve presente na estreia e no álbum ao vivo que se lhe seguiu e depois permitiu à sua criação voar sozinha, tendo sido lançado mais dois álbuns, um em 2009 e o terceiro em 2011. Actualmente, a banda holandesa encontra-se sem editora e este álbum é lançado em edição de autor em meados do ano passado. Não é mais do que um sinal dos tempos, onde as bandas preferem ter um controlo maior da sua arte, o que foi algo que a banda fez, financiando a produção deste trabalho através de crowdfunding, uma ferramenta cada vez mais usada. O álbum acabou por ser lançado na Alemanha, Aústria, Suiça e Holanda mas apenas este ano chega a mais países na Europa através de um acordo com a Graviton Music

Estes pormenores de negócios nada importam na hora de avaliar a música e a de Stream Of Passion não desilude, embora também não seja ainda o álbum que a banda necessita para realmente passar ao próximo nível. Por exemplo, na faixa de abertura, normalmente aquela em que as bandas se preocupam em colocar um tema fortíssimo, temos "Monster", um tema que não impressiona e demora demasiado tempo a chamar a atenção, ainda que tenha algumas melodias e refrão interessantes. A melodia gótica continua bem presente e a banda, nesse aspecto, não dá descanso com algumas marcantes, como é o caso do tema título. Por outro lado, não seria mau de todo ter-se mais riffs como o da abertura de "The Curse" - que a propósito tem dos refrões mais cativantes de todo o álbum.

Pequenos exemplos de como não mudou grande coisa, e que se por um lado ainda bem, por outro, dá a sensação de estagnação. Mais momentos como o início da "Burning Star" ou da "Exile" (cantada em espanhol e em inglês) seriam muito bem vindos, embora se saiba que o prato da banda são mesmo as músicas a apelar ao sentimento que podem deixar o ouvinte indeciso em saber se gosta ou se fica aborrecido. Existem aqui muitos argumentos para agradar aos fãs deste género, no entanto, para todos os outros será preciso alguma teimosia para se ficar completamente satisfeito. Destaque para a faixa "Delirio", cantada inteiramente em espanhol e que resulta muito bem.


Nota:
7/10


Review por Fernando Ferreira