A quantidade de bandas novas que surgem que nos impressionam como fossem veteranas é impressionante e os suecos quase que pertencem a esse grupo. Quase porque apesar de “In The Shadow Of The Inverted Cross” ser o álbum de estreia da banda, a sua origem remonta aos finais da década de oitenta. Depois de duas demos, lançadas respectivamente em 1989 e 1992, a banda cessou funções, após Johny Hagel ter ingressado nos Tiamat, apesar do seu trabalho não ter ficado esquecido, já que posterior a essa data existiram duas compilações. O mundo dá muitas voltas e eis que a banda é reactivada para o seu álbum de estreia que surge como uma excelente surpresa.
Para já, é impossível não se pensar em Candlemass, não só pelo facto de serem oriundos de Estocolomo, mas pelos riffs epicamente doom, como aquele que nos surge em “The Dark Tower Of The Sorcerer”, mas a riqueza deste trabalho reside nas suas dinâmicas, onde o mesmo tema também tem pormenores próximos de heavy metal tradicional – principalmente pela voz de Anders Engberg (que já fez parte de bandas tão díspares como Therion e Lion’s Share e está actualmente nos 220 Volt, Section A), que tem muitas semelhanças com o timbre de Dio, Tony Martin e Jorn, reforçando ainda mais o ar épico que as músicas também têm por si só.
Com grande parte das músicas a superarem a marca dos seis minutos, a banda conjuga bem as dinâmicas, mantendo o interesse ao longo de todo o trabalho, sendo difícil catalogar este trabalho como heavy metal ou doom metal – um pouco à semelhança com aquilo que aconteceu com os Black Sabbath em álbuns como “Heaven And Hell” e “The Mob Rules”. Para quem gosta de mais doom, “Lake Of The Lost Souls” é o tema a ouvir, mas se se preferir heavy metal, então “The Gates Of Hell” é obrigatório. Seja como for, o que interessa é que a qualidade do álbum como um todo e que apesar destas duas facetas, consegue ser um trabalho bastante coeso. Qualidade de topo, em mais uma aposta ganha por parte da Metal Blade.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Para já, é impossível não se pensar em Candlemass, não só pelo facto de serem oriundos de Estocolomo, mas pelos riffs epicamente doom, como aquele que nos surge em “The Dark Tower Of The Sorcerer”, mas a riqueza deste trabalho reside nas suas dinâmicas, onde o mesmo tema também tem pormenores próximos de heavy metal tradicional – principalmente pela voz de Anders Engberg (que já fez parte de bandas tão díspares como Therion e Lion’s Share e está actualmente nos 220 Volt, Section A), que tem muitas semelhanças com o timbre de Dio, Tony Martin e Jorn, reforçando ainda mais o ar épico que as músicas também têm por si só.
Com grande parte das músicas a superarem a marca dos seis minutos, a banda conjuga bem as dinâmicas, mantendo o interesse ao longo de todo o trabalho, sendo difícil catalogar este trabalho como heavy metal ou doom metal – um pouco à semelhança com aquilo que aconteceu com os Black Sabbath em álbuns como “Heaven And Hell” e “The Mob Rules”. Para quem gosta de mais doom, “Lake Of The Lost Souls” é o tema a ouvir, mas se se preferir heavy metal, então “The Gates Of Hell” é obrigatório. Seja como for, o que interessa é que a qualidade do álbum como um todo e que apesar destas duas facetas, consegue ser um trabalho bastante coeso. Qualidade de topo, em mais uma aposta ganha por parte da Metal Blade.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira