O metal que nos chega do leste até pode não ter sido muito levado a sério uns anos atrás, mas cada vez mais existem propostas que exigem que sejam reconhecidas pela sua qualidade, independentemente do sítio de onde são oriundas. Os Endlesshade são uma dessas propostas. Com o início de funções apenas em 2013, a banda estreia-se com este "Wolf Will Swallow The Sun", onde nos apresenta seis músicas que são autênticas de doom metal enegrecido. Apenas com músicas cativantes e um sentido de melodia fantástico é que se consegue aguentar músicas com duração superior a oito minutos, sem o mínimo sinal de marasmo.
"Post Mortem" é a primeira incursão da banda no álbum mas é o suficiente para deixar qualquer doomster convicto agarrado. Temos aqui tudo aquilo que faz parte da descrição do doom metal misturado com black/death, principalmente no que diz respeito às vocalizações, mas o que faz a diferença para se destacar de tudo o que já foi visto e feito são exactamente os momentos em que a banda sai fora do reduto daquilo que supostamente deveria tocar, seja por momentos em que temos ambiências hipnóticas seja por explosões de blastbeats furiosas em temas como "7".
Apesar de ter "apenas" cinquenta e quatro minutos, é um álbum que parece inesgotável e haverá algo melhor na música que isso, ter um trabalho que consegui ser ouvido várias vezes sem perder nunca aquela frescura inicial do primeiro contacto? Claro que ajuda ser-se fã do género, de outra forma, não existem milagres. As coisas acontecem de forma diferente e o foco está no ambiente e na forma como o mesmo se vai construindo e acumulando é de uma mestria surpreendente. Não é um trabalho para ouvir todos os dias ou que esteja ao alcance de qualquer um, mesmo sendo apreciador da barulheira, mas no caso disso acontecer, é uma viagem daquelas.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
"Post Mortem" é a primeira incursão da banda no álbum mas é o suficiente para deixar qualquer doomster convicto agarrado. Temos aqui tudo aquilo que faz parte da descrição do doom metal misturado com black/death, principalmente no que diz respeito às vocalizações, mas o que faz a diferença para se destacar de tudo o que já foi visto e feito são exactamente os momentos em que a banda sai fora do reduto daquilo que supostamente deveria tocar, seja por momentos em que temos ambiências hipnóticas seja por explosões de blastbeats furiosas em temas como "7".
Apesar de ter "apenas" cinquenta e quatro minutos, é um álbum que parece inesgotável e haverá algo melhor na música que isso, ter um trabalho que consegui ser ouvido várias vezes sem perder nunca aquela frescura inicial do primeiro contacto? Claro que ajuda ser-se fã do género, de outra forma, não existem milagres. As coisas acontecem de forma diferente e o foco está no ambiente e na forma como o mesmo se vai construindo e acumulando é de uma mestria surpreendente. Não é um trabalho para ouvir todos os dias ou que esteja ao alcance de qualquer um, mesmo sendo apreciador da barulheira, mas no caso disso acontecer, é uma viagem daquelas.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
