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Dysrider - "Bury The Omen" Review


Os Dysrider surgem-nos da Suiça e trazem-nos death metal com requintes de gótico e toques sinfónicos. A intro "Emergence" remete-nos para tantas outras intros que já nos surgiram tanto em álbuns de black metal como os de power metal, normalmente trabalhos que não nos marcaram o suficiente para que ficassem gravados na (nossa) história. A faixa que se segue, "Against Your Hold" contraria este pensamento com uma entrada furiosa num riff interessante cheio de energia. O que também funciona é a fórmula algo gasta da bela e do monstro, sendo que a bela (Joëlle) tem uma voz clássica, operática e bem melódica, enquanto Jonathan entrega-nos guturais não muito profundos mas potentes.

Pela amostra desta primeira música, o álbum e até a banda ficam apresentados para muitos, havendo as semelhanças com os já mencionado estilos power metal e gótico sinfónico e tal não é de estranhar, já que embora estes Dysrider existam apenas desde o ano passado, foram fundados a partir dos Trophallaxy, que não só mudaram de nome como mudaram de estilo, abandonando o seu power metal sinfónico, o que não se estranha ao ouvir músicas como "Bury The Omen" (grande solo, já agora) e "The Reckoning", que não fosse o gutural, passava muito bem por power metal.

Com uma produção bem potente, que favorece tanto aqueles que apreciam energia no seu metal assim como os que gostam de som cristalino, esta produção puxa pelas músicas, não conseguindo disfarçar, no entanto, o facto das músicas em si não conseguirem ter um forte impacto no ouvinte. Não tem nada de propriamente mau mas também não tem aquele elemento extra que faz com que se fique imediatamente captivo ao trabalho que se está a ouvir como se estivessemos preso numa teia. Ainda assim, o que falha nesse aspecto sobre bem na qualidade dos músicos, não esquecendo os vocalistas (que também dão uma perninha ao violoncelo, no caso da Joëlle, e aos teclados no caso de Jonathan), a secção rítmica, bem segura e claro as guitarras que nos trazem grandes solos de guitarra. Boa estreia.


Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira