Numa entrevista ao jornal Phoenix New Times, Doro Pesch foi questionada sobre se se lembrava da altura em que percebeu, pela primeira vez, que a indústria estava a aceitar mais mulheres no heavy metal. A rainha do heavy metal alemão respondeu o seguinte:
"Eu amo a música e amei os fãs desde o princípio. Eu tive uma grande relação com a arte e com os fãs. Para mim, no metal, não importa se és homem ou mulher; a música não tem que ver com isso. Portanto, eu nunca senti que recebesse sentimentos ou feedbacks negativos. Eu era apenas a Doro! Todos foram tão solidários, especialmente os meus outros músicos ou as bandas nas digressões, quer fossem os lendários Judas Priest ou o muito amado e saudoso Ronnie James Dio e os W.A.S.P. - tivemos tantas digressões excelentes e foram todos tão simpáticos e respeitosos.
"Na indústria, era sempre fixe e nunca me senti diferente. Na comunicação social e nas revistas, eles escreviam coisas como "uma das poucas mulheres do heavy metal", mas, para mim, sinceramente... Eu acho que as pessoas sabiam que eu era muito séria e dedicada, por isso é que as pessoas talvez não o questionassem.
"As pessoas podem ter pensado que uma mulher no heavy metal era algo louco ou diferente, mas eu nunca me senti diferente. Acho que tinha mais que ver com o facto de lutares mais pela tua música; tinhas de lutar mais para tocares heavy metal. Porque no princípio, com o metal, ele era aceite como um todo. Portanto, tinhas realmente de dar no duro, trabalhares 10 vezes mais, para fazeres com que as outras pessoas sentissem que o metal era algo realmente bonito. Por isso, como metaleira, tive mais problemas no início com o facto de as pessoas aceitarem o metal no seu todo. [Risos] Sim, sim! O metal tem tanto poder e alma. Tem que ver com lutares pela tua música; lutares pelo heavy metal. Isso era muito mais difícil, do que lutar para ser uma mulher no género."
Por: Bruno Porta Nova - 16 Março 15