Os Decapitated são uma das bandas mais reselientes que por aí andam. Depois de um início de carreira que deixou todos de boca aberta, pela tenra idade dos seus membros, veio a tragédia que obrigou a banda a uma paragem forçada. Sobrando apenas um membro original, a banda é reactivada e lança um álbum que ainda não convencendo totalmente, é um esforço totalmente meritório de uma banda que se ergue das cinzas. "Blood Mantra" é uma fera algo diferente daquilo que fizeram três anos atrás. Não se trata mais de tentar provar o quer que seja e sem essa pressão em cima de si - pressão essa provavelmente colocada por eles próprios, ou por Vogg, o único membro original, fica-se livre para continuar.
Death metal puro e duro, sem tanto foco na técnica como esperado, mas com variação e dinâmica suficiente para que o marasmo não se instale. Desde a brutalidade de "Exiled In Flesh", que abre o disco, e "The Blasphemous Psalm To The Dummy God Creation" até algo mais estranho como a "Blindness", uma espécie de experiência sónica durante quase oito minutos, em que é criado um ambiente denso e hipnótico do qual se torna difícil libertar. Claro que para os amantes do death metal puro, certos momentos deste trabalho eram completamente desnecessários, como o groove infeccioso da "Veins" ou "Nest" que parece demasiado próximo dos Meshuggah, enquanto o tema título parece ser demasiado catchy.
A verdade é que tudo isto resulta em pleno. Os Decapitated não são o que eram e com tudo o que aconteceu, dificilmente seriam. Mesmo que não tivesse acontecido nada, não seriam os mesmos, porque as coisas mudam, evoluem, alteram-se. Para aqueles que tinham esperança de que isso não se verificasse aqui, não vale a pena continuar. Mas para todos os outros que apreciam música extrema, nomeadamente death metal, então este é um álbum que terão que conferir e poderão até se surpreender.
Nota: 8.5/10
Death metal puro e duro, sem tanto foco na técnica como esperado, mas com variação e dinâmica suficiente para que o marasmo não se instale. Desde a brutalidade de "Exiled In Flesh", que abre o disco, e "The Blasphemous Psalm To The Dummy God Creation" até algo mais estranho como a "Blindness", uma espécie de experiência sónica durante quase oito minutos, em que é criado um ambiente denso e hipnótico do qual se torna difícil libertar. Claro que para os amantes do death metal puro, certos momentos deste trabalho eram completamente desnecessários, como o groove infeccioso da "Veins" ou "Nest" que parece demasiado próximo dos Meshuggah, enquanto o tema título parece ser demasiado catchy.
A verdade é que tudo isto resulta em pleno. Os Decapitated não são o que eram e com tudo o que aconteceu, dificilmente seriam. Mesmo que não tivesse acontecido nada, não seriam os mesmos, porque as coisas mudam, evoluem, alteram-se. Para aqueles que tinham esperança de que isso não se verificasse aqui, não vale a pena continuar. Mas para todos os outros que apreciam música extrema, nomeadamente death metal, então este é um álbum que terão que conferir e poderão até se surpreender.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira