Se houver alguma banda europeia que tenha tanto peso na cena de metal progressivo tal como as bandas norte-americanas Symphony X e Dream Theater essa banda são os Threshold, com uma carreira com quase trinta anos e uma discografia impressionante, quer pela número de lançamentos, quer pela forma como cada álbum foi aceite pelos fãs e pela crítica, quer pela qualidade dos trabalhos em si. "For The Journey" é já o décimo trabalho da banda britânica e em nada se desvia daquilo que é a sua identidade, muito menos do alto nível das suas composições.
Com um foco nas melodias, mais até do que na parte técnica, faixas como "Watchtower On The Moon" e "Unforgiven" misturam entre si com uma mestria impressionante uma série de elementos diferentes. Se na primeira, temos riffs pesados, com um refrão bem catchy por cima, na segunda já temos aquilo que se pode considerar uma balada, cheia de feeling e com melodias marcantes a acompanhar. Aliás, a parte dos ganchos é um dos pratos fortes deste trabalho, onde uma faixa de onze minutos como "The Box" consegue ser igualmente interessante como a mais curta, que surge imediatamente de seguida, "Turned To Dust", que aposta sobretudo no peso dos seus riffs e num refrão para lá de orelhudo.
Não há um tema aqui que não tenha esta característica, de ser orelhuda, independentemente da sua duração, se é mais pesada ou se é uma balada. Claro que quando o foco é muito concentrado neste aspecto, pode fazer com que a substância seja descurada, mas essa é uma questão que não acontece em nenhum momento de "For The Journey", porque apesar de realmente existirem aqui ganchos em profusão, do início ao fim, continuamos a ter um grande conjunto de canções, verdadeiras canções. A banda mostra-se coesa num só objectivo, apresentar o melhor álbum possível. E é mesmo isso que acabam por atingir.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Com um foco nas melodias, mais até do que na parte técnica, faixas como "Watchtower On The Moon" e "Unforgiven" misturam entre si com uma mestria impressionante uma série de elementos diferentes. Se na primeira, temos riffs pesados, com um refrão bem catchy por cima, na segunda já temos aquilo que se pode considerar uma balada, cheia de feeling e com melodias marcantes a acompanhar. Aliás, a parte dos ganchos é um dos pratos fortes deste trabalho, onde uma faixa de onze minutos como "The Box" consegue ser igualmente interessante como a mais curta, que surge imediatamente de seguida, "Turned To Dust", que aposta sobretudo no peso dos seus riffs e num refrão para lá de orelhudo.
Não há um tema aqui que não tenha esta característica, de ser orelhuda, independentemente da sua duração, se é mais pesada ou se é uma balada. Claro que quando o foco é muito concentrado neste aspecto, pode fazer com que a substância seja descurada, mas essa é uma questão que não acontece em nenhum momento de "For The Journey", porque apesar de realmente existirem aqui ganchos em profusão, do início ao fim, continuamos a ter um grande conjunto de canções, verdadeiras canções. A banda mostra-se coesa num só objectivo, apresentar o melhor álbum possível. E é mesmo isso que acabam por atingir.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira