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Ruthless - "They Rise" Review


Mais uma banda com décadas de existência que foi ressuscitada nos últimos anos e assinou com a Pure Steel Records para chegar agora ao seu segundo álbum. O seu power metal é tipicamente norte-americano, que parece que nos surge dos primórdios do estilo, tal qual como era praticado. Aliás, até no som isto soa a vintage. Demasiado vintage. A roçar a naftalina. A banda, na sua primeira encarnação, acabou quando os Manowar ainda não tinham lançado o seu melhor trabalho e enquanto estiveram oficialmente defuntos, os auto-proclamados Kings Of Metal, ascenderam ao seu máximo e desceram ao seu pior. Não se pode dizer que o que se tem aqui é algo próximo do que os Manowar andam a fazer, mas também não é tão marcante como os primeiros trabalhos da banda o foram.

Comparações aparte, o que temos aqui não é nada mais que aquele heavy metal com refrão repetido até à exaustão e cujo ponto alto costuma ser os solos de guitarra. O problema é que apesar de os solos sejam bons, não são bons o suficiente que segurem toda uma música - principalmente quando essa faixa é a que dá o nome ao disco e é algo aborrecida, um aborrecimento que acaba sempre por se demonstrar aqui e ali, inevitavelmente. As músicas sucedem-se mas parece que se está preso na mesma.

O que é irónico (quase trágico) é que este trabalho traz como bónus o primeiro EP da banda, originalmente editado em 1984, de seu nome "Metal Without Mercy", e que o som desse EP é em tudo superior ao que se ouviu antes. O som é sem dúvida datado mas tem uma aura ameaçadora tal como álbuns como "Show No Mercy" ou "Fistful Of Metal" tinham. Quanto às músicas, bem mais eficazes. O tema "Gates Of Hell" quase que merece a aquisição do álbum. É algo cruel de se dizer, mas quase que era melhor em vez de lançar o novo álbum com o EP como bónus, reeditar o EP e ter o novo álbum como bónus. Se calhar tinha mais proveito, mesmo sendo uma questão psicológica daquilo que vem primeiro no alinhamento.


Nota: 6.5/10

Review por Fernando Ferreira