Os Hate são um dos grandes nomes do death metal polaco, mesmo que não consiga ter o mesmo impacto na cena que os conterrâneos Vader ou Behemoth têm. Isso não os impede que tenham uma discografia recheada de bons momentos e algo vasta. “Crusade: Zero” é já o nono trabalho e mostra a vontade de mudar, mais que não seja ligeiramente, com aquilo que a banda nos tem apresentado nos últimos tempos, tendo talvez efeito as mudanças forçadas de alinhamento, com a morte do baixista Mortifer e saída do baterista Hexen. De qualquer forma, as influências Behemoth e Vader continuam algo presentes e a limitarem que este álbum voe mais alto.
Se pegarmos na intro “Vox Dei (A Call From Beyond)”, há um distinto sabor orquestraloblasfémico que costumamos encontrar nos trabalhos da banda liderada por Nergal. O instrumental também nos remete para os Behemoth, algo que se pode comprovar pelo elemento épico do instrumental ”Lord, Make Me An Instrument Of Thy Wrath!” (e segunda intro – tem que se admitir, se já é arriscado enjoar com uma intro, os Hate safam-se na perfeição com as duas seguidas). Quanto à abordagem vocal de Adam The First Sinner (bonita designação), está bem mais próximo de um Peter dos Vader do que propriamente de Nergal. Com “Death Liberator” e “Leviathan”, as duas primeiras faixas a sério deste trabalho, fica a ideia de que a banda anda um pouco entre os dois mundos, entre os Vader e os Behemoth, o que é estranho considerando que já existem há vinte e cinco anos.
De qualquer forma, a brutalidade é muito bem recebida e a qualidade é de topo, sendo só levemente beliscada por essa falta de identidade, mas este trabalho acaba por apresentar-se mais dinâmico e mais competente em termos de ganchos que os anteriores. A banda não mudou radicalmente, mas demonstra espírito de evolução e interesse em trabalhar em verdadeiras músicas e não em apenas apresentar lugares comuns como uma lista de compras do supermercado. “Doomsday Celebrities” e Hate Is The Law” são excelentes momentos onde as dinâmicas dominam e onde os temas se conseguem tornar realmente interessantes. Não conseguindo descolar das duas sombras que representam os Behemoth e Vader, a banda apresenta-se como uma boa banda que todos os fãs das duas outras bandas polacas de certeza que apreciarão.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Se pegarmos na intro “Vox Dei (A Call From Beyond)”, há um distinto sabor orquestraloblasfémico que costumamos encontrar nos trabalhos da banda liderada por Nergal. O instrumental também nos remete para os Behemoth, algo que se pode comprovar pelo elemento épico do instrumental ”Lord, Make Me An Instrument Of Thy Wrath!” (e segunda intro – tem que se admitir, se já é arriscado enjoar com uma intro, os Hate safam-se na perfeição com as duas seguidas). Quanto à abordagem vocal de Adam The First Sinner (bonita designação), está bem mais próximo de um Peter dos Vader do que propriamente de Nergal. Com “Death Liberator” e “Leviathan”, as duas primeiras faixas a sério deste trabalho, fica a ideia de que a banda anda um pouco entre os dois mundos, entre os Vader e os Behemoth, o que é estranho considerando que já existem há vinte e cinco anos.
De qualquer forma, a brutalidade é muito bem recebida e a qualidade é de topo, sendo só levemente beliscada por essa falta de identidade, mas este trabalho acaba por apresentar-se mais dinâmico e mais competente em termos de ganchos que os anteriores. A banda não mudou radicalmente, mas demonstra espírito de evolução e interesse em trabalhar em verdadeiras músicas e não em apenas apresentar lugares comuns como uma lista de compras do supermercado. “Doomsday Celebrities” e Hate Is The Law” são excelentes momentos onde as dinâmicas dominam e onde os temas se conseguem tornar realmente interessantes. Não conseguindo descolar das duas sombras que representam os Behemoth e Vader, a banda apresenta-se como uma boa banda que todos os fãs das duas outras bandas polacas de certeza que apreciarão.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira