Terceiro álbum, algo aguardado, da banda norte-americana de doom, sludge, pós-qualquer-coisa (confessa-se ser um bocado complicado conseguir distinguir o que é pós-qualquer-coisa do sludge ou doom). Tal antecipação talvez tenha crescido ainda mais desde que se soube que teriam uma música com mais trinta minutos intitulada simplesmente de… Metallica. Tal decisão de fazer uma música nesses moldes poderá ser razão tão forte para a antecipação como a desconcertante capa que nos remete para o imaginário de um cruzamento entre os marretas e os Teletubbies.
Pormenores aparte, este álbum começa de forma bem singela com o tema “The Wailing And The Gnashing And The Teeth” que nos traz mais intensidade emocional (muito graças aos berros de Brandon Gillichbauer) do que propriamente a nível instrumental, pelo menos nos primeiros seis minutos, sendo que a barulheira começa a ser mais incidente nos últimos três, barulheira essa que transita para o seguinte tema, “Tetsuo The Dead Man”, outro colosso de quase dez minutos de muito, muito, mas muito feedback. Pode-se dizer que os Black Sheep Wall não são composto por cinco elementos e sim seis, sendo que o sexto é feio, bruto, mau, barulhento e chama-se Feedback.
“White Pig” é outro colosso de quase dez minutos que resulta como se fosse uma lição aprendida com as duas faixas anteriores, sendo uma das melhores faixas aqui presentes. E claro, para o final temos a… “Metallica”. As razões que levaram a banda a chamar Metallica a trinta e três minutos de feedback, noise, distorção (três elementos que não surgem de forma não tão caótica como aquela que se pensava) deve-se mais como uma crítica à forma como se banalizou a música pesada do que propriamente uma crítica directa à banda em si. E a melhor forma de materializar essa crítica é com uma música de trinta e três minutos capaz de dar pesadelos até aos corajosos. É uma viagem enorme, difícil de levar a cabo, difícil de digerir e difícil de não repetir. Não será algo que se queira fazer muitas vezes, pelo menos num curto espaço de tempo e esse é o seu maior defeito e também a sua maior qualidade, porque reunir tal monumento de barulheira numa hora só é coisa difícil de conseguir atingir.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Pormenores aparte, este álbum começa de forma bem singela com o tema “The Wailing And The Gnashing And The Teeth” que nos traz mais intensidade emocional (muito graças aos berros de Brandon Gillichbauer) do que propriamente a nível instrumental, pelo menos nos primeiros seis minutos, sendo que a barulheira começa a ser mais incidente nos últimos três, barulheira essa que transita para o seguinte tema, “Tetsuo The Dead Man”, outro colosso de quase dez minutos de muito, muito, mas muito feedback. Pode-se dizer que os Black Sheep Wall não são composto por cinco elementos e sim seis, sendo que o sexto é feio, bruto, mau, barulhento e chama-se Feedback.
“White Pig” é outro colosso de quase dez minutos que resulta como se fosse uma lição aprendida com as duas faixas anteriores, sendo uma das melhores faixas aqui presentes. E claro, para o final temos a… “Metallica”. As razões que levaram a banda a chamar Metallica a trinta e três minutos de feedback, noise, distorção (três elementos que não surgem de forma não tão caótica como aquela que se pensava) deve-se mais como uma crítica à forma como se banalizou a música pesada do que propriamente uma crítica directa à banda em si. E a melhor forma de materializar essa crítica é com uma música de trinta e três minutos capaz de dar pesadelos até aos corajosos. É uma viagem enorme, difícil de levar a cabo, difícil de digerir e difícil de não repetir. Não será algo que se queira fazer muitas vezes, pelo menos num curto espaço de tempo e esse é o seu maior defeito e também a sua maior qualidade, porque reunir tal monumento de barulheira numa hora só é coisa difícil de conseguir atingir.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira