Não existe muita informação disponível sobre os Below The Sun, nada mais se que surgem de uma pequena localidade chamada Krasnoyarsk, no interior profundo da Rússia e que a desolação sonora condiz muito bem com as vastas paisagens. Pelas fotos do press release, também é fácil constatar que a banda tem uma forte apetência para a teatralidade, já que surgem todos com uma espécie de fatos à monge e de máscara. Na realidade, não há muito que isto adiante e nos prepare com aquilo que vamos ouvir. "Outward The Sky" é um monumento doom monolítico e atmosférico em onze minutos que nos fazem crer que o funeral doom não é tão unidimensional como se julgava, pelo menos este apresentado pela banda siberiana.
No final desse primeiro tema, não poderíamos prever a bomba que seria a música seguinte, a "Cries Of Dying Stars", de uma beleza estonteante, onde vai bem mais além do funeral doom e do sludge, entrando nos domínios do pós-rock de forma brilhante. Aliás, para muitos que acham que o pós-rock está morto e enterrado (e para muitas bandas que o fazem igual e aborrecido a tantos outros) está aqui uma boa forma de o rejuvenescer. Sem dúvida uma malha de qualidade superior. E depois de algo assim, pensa-se de certeza que será sempre a descer, mas a forma como "Alone" nos conduz a um novo abismo, introduzindo novas dinâmicas e maneiras de "doomar", nunca esquecendo as ambiências e uns certos tiques pós-rock que ainda fazem com que este trabalho fique mais potente.
A este ponto já se está completamente rendido e a opinião formada, este é um trabalho superior. Uma bomba surpresa pela qual não se esperava nada mas que se fica muito satisfeito por a ter recebido. De tal forma que se torna um vício do qual não se consegue fartar. Uma hora de música intensa e apocalíptica, um festim aos sentidos e à imaginação, apelando a centenas, milhares de imagens. Com o caos progressivo e bruto de "Drift In Deep Space" a colidir com as fabulosas paisagens de "Breath Of Universe" e "The Earth", confirmando que este trabalho está, sem dúvida, no topo dos álbuns de 2015. Se este ano continuar assim, vai-se rebentar com a escala antes do Verão.
Nota: 9.8/10
Review por Fernando Ferreira
No final desse primeiro tema, não poderíamos prever a bomba que seria a música seguinte, a "Cries Of Dying Stars", de uma beleza estonteante, onde vai bem mais além do funeral doom e do sludge, entrando nos domínios do pós-rock de forma brilhante. Aliás, para muitos que acham que o pós-rock está morto e enterrado (e para muitas bandas que o fazem igual e aborrecido a tantos outros) está aqui uma boa forma de o rejuvenescer. Sem dúvida uma malha de qualidade superior. E depois de algo assim, pensa-se de certeza que será sempre a descer, mas a forma como "Alone" nos conduz a um novo abismo, introduzindo novas dinâmicas e maneiras de "doomar", nunca esquecendo as ambiências e uns certos tiques pós-rock que ainda fazem com que este trabalho fique mais potente.
A este ponto já se está completamente rendido e a opinião formada, este é um trabalho superior. Uma bomba surpresa pela qual não se esperava nada mas que se fica muito satisfeito por a ter recebido. De tal forma que se torna um vício do qual não se consegue fartar. Uma hora de música intensa e apocalíptica, um festim aos sentidos e à imaginação, apelando a centenas, milhares de imagens. Com o caos progressivo e bruto de "Drift In Deep Space" a colidir com as fabulosas paisagens de "Breath Of Universe" e "The Earth", confirmando que este trabalho está, sem dúvida, no topo dos álbuns de 2015. Se este ano continuar assim, vai-se rebentar com a escala antes do Verão.
Nota: 9.8/10
Review por Fernando Ferreira