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At The Hollow - "What I Hold Most Dear" Review


Os At The Hollow são um trio que nos chegam da Finlândia e que se apresentam no mundo da música pesada com este “What I Hold Most Dear”, álbum que verá a luz do dia no próximo dia 17 de Fevereiro. Sem nenhuma expectativa já que a banda é completamente desconhecida, ao ouvir “Was I Worth It”, o tema que também foi o primeiro single e é aquele que abre as hostilidades, é impossível não se ficar totalmente rendido à sensibilidade destes finlandeses, que não nos apresentam nenhuma sonoridade típica da terra dos mil lagos, pelo menos nos domínios do peso. Também falar de peso aqui talvez seja algo demasiado forçado, já que o peso existente é mais a nível emocional.

Arriscando classifica-los de alguma forma, teríamos que ir para os domínios da música indie/alternativa, mas surge-nos de forma tão simples e tão sincera, que os rótulos tornam-se depressa como algo bastante inútil. Um tema como “Paleface” apela à emoção de uma forma cinematográfica, ponto esse que é comum a quase todas as faixas que podemos ouvir aqui, mesmo que as imagens que nos surjam, sejam todas de filmes alternativos e independentes. Há aqui aquele certo espírito que a fornada de bandas alternativas britânicas tinham a magotes no final dos anos noventa, mas ao contrário dessas bandas, que justa ou injustamente associávamos a uma vaga, a uma moda, neste caso as coisas soam-nos bem mais sinceras e verdadeiras.

Dificilmente agradará a quem gosta de música mais pesada, mas como o som sagrado é bastante ecléctico e tem dos apreciadores com mente mais aberta (embora também tenha dos apreciadores com mente mais fechada) é possível que alguns dos nossos leitores se consigam deixar tocar por algumas destas músicas, que mesmo que extremamente melódicas, tem um inegável peso a nível emocional, com um ambiente que muitos metaleiros reconhecerão de bandas como My Dying Bride, Anathema e Opeth – isto em termos de sentimento. É um trabalho apaixonante que vai crescendo e exigindo mais audições constantes. Bom início de carreira.


Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira