Os Oratory foram uma das bandas portuguesas de power metal que mais se notabilizou com dois álbuns lançados. Com a banda a desaparecer sem deixar rasto ficou um espaço aberto no género de power metal sinfónico que nunca chegou a ser propriamente preenchido. Apesar de ser um estilo amplamento apreciado pela comunidade metaleira portuguesa, nunca houve propriamente uma banda que reunisse tantos consensos como a banda de Barcelos - mesmo que nunca tenham chegado a confirmar todo o seu potencial. Pois bem, depois de um promo-CD lançado em 2008, foi a vez de 2010 ser lançado o primeiro álbum dos Waterland, banda barcelense, nascida das cinzas dos de Oratory, sendo eles Miguel Gomes (guitarra), Tó Silva (teclados) e Marco Alves (o primeiro de vocalista, que abandonou a banda após o primeiro álbum).
Esse primeiro trabalho passou um pouco despercebido e foram necessários cinco anos para que a banda voltasse à carga, com este "Our Nation" que demonstra ser o seu mais bombástico trabalho, a todos os níveis, que a banda fez. Com uma potência que os Oratory nunca tiveram e com uma apetência para o trabalho com as linhas vocais, este segundo trabalho poderá surpreender muito boa gente, se bem que para isso é necessário ter uma apetência por power metal sinfónico. É verdade que nem sempre as melodias resultam - a faixa de abertura, "Destiny III" poderá afastar aqueles que forem mais exigentes com as suas melodias euro-metal (ou seja, aquele estilo de metal que parece que foi feito à medida dos bons tempos (conceito enganador este) do festival da eurovisão.
Por outro lado, existe aqui peso (aquela "Fire Burning" assusta no início!) que fazem com que as músicas se tornem muito interessantes (a bateria da "Another Star" é uma coisa do outro do mundo no que diz respeito a imprimir um ritmo viciante na música), sem mencionar o enorme talento demonstrado tanto por Miguel Gomes e Tó Silva nos constantes duelos de solos entre a guitarra e as teclas (praticamente em todas as músicas se bem que na "Legions Of The New Times" é demais). De vez em quando existem as tais escorregadelas eurovisão que poderão custar um pouco a engolir (as quais nem uns ocasionais guturais conseguem suavizar) mas o verdadeiro apreciador de power metal não consegue resistir a estas melodias. A banda demonstra ter sofrido uma boa evolução, mas "Our Nation" mostra que há espaço para evoluir e maturar muito mais. Por agora, o trono do power metal sinfónico lusitano é deles com todo o mérito.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Esse primeiro trabalho passou um pouco despercebido e foram necessários cinco anos para que a banda voltasse à carga, com este "Our Nation" que demonstra ser o seu mais bombástico trabalho, a todos os níveis, que a banda fez. Com uma potência que os Oratory nunca tiveram e com uma apetência para o trabalho com as linhas vocais, este segundo trabalho poderá surpreender muito boa gente, se bem que para isso é necessário ter uma apetência por power metal sinfónico. É verdade que nem sempre as melodias resultam - a faixa de abertura, "Destiny III" poderá afastar aqueles que forem mais exigentes com as suas melodias euro-metal (ou seja, aquele estilo de metal que parece que foi feito à medida dos bons tempos (conceito enganador este) do festival da eurovisão.
Por outro lado, existe aqui peso (aquela "Fire Burning" assusta no início!) que fazem com que as músicas se tornem muito interessantes (a bateria da "Another Star" é uma coisa do outro do mundo no que diz respeito a imprimir um ritmo viciante na música), sem mencionar o enorme talento demonstrado tanto por Miguel Gomes e Tó Silva nos constantes duelos de solos entre a guitarra e as teclas (praticamente em todas as músicas se bem que na "Legions Of The New Times" é demais). De vez em quando existem as tais escorregadelas eurovisão que poderão custar um pouco a engolir (as quais nem uns ocasionais guturais conseguem suavizar) mas o verdadeiro apreciador de power metal não consegue resistir a estas melodias. A banda demonstra ter sofrido uma boa evolução, mas "Our Nation" mostra que há espaço para evoluir e maturar muito mais. Por agora, o trono do power metal sinfónico lusitano é deles com todo o mérito.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira