Mais uma banda italiana que encontrou alguma instabilidade nos primeiros anos da sua formação, no início da década de noventa – tendo chegado a mudar de nome – e que apenas agora chega ao tão desejado álbum de estreia. Para já, o que há a dizer é que se havia algum momento ideal para este álbum, esse momento é agora, já que desde que surgiram pela primeira vez, em 1993, não houve nenhuma outra altura em que o heavy metal tradicional tenha sido tão recebido como agora, mesmo que o heavy metal do quarteto italiano ande mais pelos domínios do hard’n’heavy com toques de progressivo. Caso houvesse alguma comparação a fazer, o nome que reuniria mais consenso seriam sem dúvida os Queensrÿche, com a voz de Val Shieldon a parecer-se bastante com a de Geoff Tate.
Comparações à parte, apesar de tudo, a banda consegue ter minimamente uma identidade sem depender muito daquilo que já ouvimos – mesmo que cada vez seja mais difícil ser-se surpreendido pelo o que se faz neste campo. Mesmo assim, a banda transalpina consegue entreter-nos de forma satisfatória durante os quarenta minutos que dura este “The Beginning”, embora por vezes, mesmo sendo este o momento ideal para um álbum assim, soe demasiadamente desfasado temporalmente. É um paradoxo que acaba por ser o que define este trabalho. Vai buscar o espírito dos trabalhos da década de oitenta, mas não tem punch o suficiente para ir buscar o espírito dos clássicos, ficando algures por aquelas obras que o tempo prefere esquecer.
O mais frustrante, é que não existe nenhum momento absolutamente mau. Nem sequer mau, não há nada de horrível, apenas uma certa falta de entusiasmo que este trabalho parece gerar, ainda que por momentos pareçam haver explosões tal como o riff após um breve dedilhado na “Plague”. O problema é que “The Beginning” sustenta-se destes pequenos momentos, o que é manifestamente pouco para que um trabalho, seja de que tipo for, aguente o teste do tempo. Um álbum, principalmente álbum de estreia, acabado de lançar, ter logo feeling de notícias velhas… não é um bom indicador. Poderá ser algo que passe num segundo trabalho.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Comparações à parte, apesar de tudo, a banda consegue ter minimamente uma identidade sem depender muito daquilo que já ouvimos – mesmo que cada vez seja mais difícil ser-se surpreendido pelo o que se faz neste campo. Mesmo assim, a banda transalpina consegue entreter-nos de forma satisfatória durante os quarenta minutos que dura este “The Beginning”, embora por vezes, mesmo sendo este o momento ideal para um álbum assim, soe demasiadamente desfasado temporalmente. É um paradoxo que acaba por ser o que define este trabalho. Vai buscar o espírito dos trabalhos da década de oitenta, mas não tem punch o suficiente para ir buscar o espírito dos clássicos, ficando algures por aquelas obras que o tempo prefere esquecer.
O mais frustrante, é que não existe nenhum momento absolutamente mau. Nem sequer mau, não há nada de horrível, apenas uma certa falta de entusiasmo que este trabalho parece gerar, ainda que por momentos pareçam haver explosões tal como o riff após um breve dedilhado na “Plague”. O problema é que “The Beginning” sustenta-se destes pequenos momentos, o que é manifestamente pouco para que um trabalho, seja de que tipo for, aguente o teste do tempo. Um álbum, principalmente álbum de estreia, acabado de lançar, ter logo feeling de notícias velhas… não é um bom indicador. Poderá ser algo que passe num segundo trabalho.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
