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Taake - "Stridens Hus" Review


Os Taake, com uma carreira já considerável, são o que se pode chamar de uma das mais estáveis one-man-band do black metal. Com uma regularidade e precisão dum relógio suíço, a banda desde 1999 que lança álbuns de três em três anos. E como o último já datava de 2011, o excelente “Noregs Vaapen”, a hora para lançar o sexto álbum de originais teria de ser no final do ano passado. Não se pode dizer que tenham acontecido muitas mudanças nestes anos que passaram, porque o foco continua a ser o black metal ríspido e primitivo, mas existe aqui qualquer coisa… um feeling ténue – conforme a sensibilidade de cada ouvinte, sendo que para algos será algo bastante óbvio – de introdução de elementos novos.

“Gamle Norig”, a primeira faixa, deixa bem clara essa continuidade no típico som escandinavo, mas na segunda faixa, “Orm”, notam-se subtilmente umas influências de rock clássico muito agradáveis. Surpreendentes mas muito agradáveis. O tom de “Stridens Hus” nunca se altera daquilo que é a identidade de Taake, mas estas influências, estes riffs mais rock trazem um interesse redobrado ao seu som, enchendo-o de dinâmicas inesperadas. Uma faixa como “Det Fins En Prins” por exemplo, chega a soar progressiva pela sua estrutura e vibe que emana. E o que dizer da faixa instrumental “En Sang Til Sand Om Ildebrann”? Não há dúvida que o espírito do rock está bem mais presente no som dos Taake

Apesar de ser uma comparação apetecível, não podemos falar que os Taake ou seu mastermind Hoest se tenham aproximado daquilo que os Darkthrone estão a fazer neste momento. Nem é expectável que se aproximem dessa abordagem mais punk, no entanto, há realmente alguma semelhança na forma como o black metal de ambas as bandas começou a aglutinar outros géneros, à partida incompatíveis, no seu som. É natural que os fãs mais exigentes sintam que “Striden Huns” não chega a beliscar a qualidade de “Noregs Vaapen” mas trata-se de uma abordagem diferente (nem melhor, nem pior mas igualmente válida) que poderá indicar o caminho para algo mais surpreendente e revolucionário. Por agora, fica um bom álbum de black metal cru, com riffs e estruturas que nos remetem para outras paragens.


Nota: 7.5/10

Review por Fernando Ferreira