Não, não é uma banda chinesa que nos chega às mãos. Os Syn Ze Şase Tri são romenos, mais concretamente da Transilvânia, e este é já o seu terceiro álbum, o culminar de uma trilogia sobre as lendas míticas da sua região, o modo de vida dos guerreiros Dácios e também as suas lendas, crenças e os seus deuses. Culturalmente, parece ser uma base conceptual riquíssima, mas como a cultura e conceitos nem sempre se traduzem em boa música, é preciso mergulhar profundamente neste “Stăpîn Peste Stăpîni” – para bem da fluência de escrita e leitura, chamemos-lhe carinhosamente de “S.P.S.”.
A base é sem dúvida o black metal melódico com toques épicos, que apesar de ser um género algo espremido – e nem sempre da melhor forma, é muito bem tratado. A forma como faz ligação com o metal extremo de cariz épico também faz com que esse interesse seja redobrado. Moonsorrow aqui e ali – como na fantástica “A Vremii Rinduiala” – e até um certo toque de Septicflesh, na forma como o peso é misturado com o lado sinfónico, embora os Syn Ze Şase Tri usem os sintetizadores em vez das orquestrações realistas dos gregos, mas o resultado continua a ser eficaz. É um álbum que flui muito bem no seu jogo de equilíbrio entre o peso, a melodia e o elemento épico.
O riff de “Al Din Ochi De Apa”, mostra que a banda também é capaz de optar por soluções mais invulgares e mesmo assim fazer com que a sua música fique bem catchy. Típico caso em que caso surgissem vinte anos atrás, seria considerado como um dos lançamentos de topo do black metal melódico, mas a sua vantagem é que é essa a impressão que deixam nos dias de hoje. A ligação da banda aos Negura Bunget talvez não se traduza no som que fazem, mas certamente tem um peso grande na qualidade do mesmo. “S.P.S.” é um álbum que mostra uma banda a triunfar num meio em que se pensa de forma generalizada que não há muito mais a fazer. E também é um álbum que mostra que há mais na Roménia além dos Negura Bunget.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
A base é sem dúvida o black metal melódico com toques épicos, que apesar de ser um género algo espremido – e nem sempre da melhor forma, é muito bem tratado. A forma como faz ligação com o metal extremo de cariz épico também faz com que esse interesse seja redobrado. Moonsorrow aqui e ali – como na fantástica “A Vremii Rinduiala” – e até um certo toque de Septicflesh, na forma como o peso é misturado com o lado sinfónico, embora os Syn Ze Şase Tri usem os sintetizadores em vez das orquestrações realistas dos gregos, mas o resultado continua a ser eficaz. É um álbum que flui muito bem no seu jogo de equilíbrio entre o peso, a melodia e o elemento épico.
O riff de “Al Din Ochi De Apa”, mostra que a banda também é capaz de optar por soluções mais invulgares e mesmo assim fazer com que a sua música fique bem catchy. Típico caso em que caso surgissem vinte anos atrás, seria considerado como um dos lançamentos de topo do black metal melódico, mas a sua vantagem é que é essa a impressão que deixam nos dias de hoje. A ligação da banda aos Negura Bunget talvez não se traduza no som que fazem, mas certamente tem um peso grande na qualidade do mesmo. “S.P.S.” é um álbum que mostra uma banda a triunfar num meio em que se pensa de forma generalizada que não há muito mais a fazer. E também é um álbum que mostra que há mais na Roménia além dos Negura Bunget.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira