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Raunchy - "Vices. Virtues. Visions" Review


Não sabendo porquê, o som dos Raunchy nunca foi propriamente entusiasmante, talvez por ter surgido numa época em que apareceram centenas bandas a soar ao mesmo. Esse hype inicial desvaneceu-se um pouco, conforme o contexto musical também se foi alterando e praticamente foram passando despercebidos. Ao sexto álbum e com uma mudança na formação – saiu o vocalista Kasper Thomsen e entrou Mike Semesky (ex-The Haarp Machine), a banda parece revitalizada, pelo menos é o que a potente “Eyes Of A Storm” indica. Um nova vitalidade contagiou o som da banda, onde os momentos electrónicos e a sua efectividade só são superados pela qualidade do seu refrão.

Esse feeling é algo que percorre todo o álbum. Melodia, peso e refrões orelhudos. Aliás, todo “Vices. Virtues. Visions” é catchy do início ao fim, embora existam alguns momentos em que a abordagem modernaça e electrónica comece a enjoar ligeiramente como é o caso da “The Castaway Crown”, que apesar de ganhar uma vida nova com o refrão, parece que se arrasta até chegar lá. Com “Luxuria” as coisas não melhoram muito, com uma música que é melódica em demasia e que soa a música de dança metalizada. Nada de errado com isso, apenas é o tipo de música com uma esperança média de vida algo curta.

Numa apreciação global pode-se dizer que este sexto trabalho recupera muita da força perdida dos Raunchy, embora o seu jogo continue a ser o metal extremo combinado com a música electrónica e até de dança e se alguém que não lhes achou grande piada quando surgiram em força no início do milénio, talvez não seja agora que vão mudar de ideias. Por outro lado, todos aqueles que realmente acharam piada e que foram-se desligando da banda dinamarquesa conforme foram evoluindo, talvez este seja um bom motivo para os voltar a acompanhar, porque há realmente qualidade aqui que o justifica.


Nota:
7.9/10


Review por Fernando Ferreira