Uma das bandas mais lutadoras do thrash metal. A banda que continuou a thrashar quando thrashar não estava na moda - apesar de também o fazerem de forma diferente do que aquilo que o faziam - está de volta com o seu décimo sétimo trabalho (!) e goste-se ou não, tem que se dar a mão à palmatória porque D.D., Blitz e os seus comparsas fizeram uma longa travessia no deserto quer em termos de popularidade quer até em termos de criatividade, que nem sempre os favoreceu. No entanto, de uns anos para cá têm vindo a cimentar uma posição fortíssima no estilo, devendo-se (e admitindo-se) à conjectura que fez com que o thrash estivesse na berra, mas sobretudo a uma série de álbuns fora de série.
O último álbum foi um dos grandes trabalhos de 2012 e superar essa marca seria difícil mas a banda apresenta mais uma vez um forte conjunto de malhas que faz qualquer thrasher começar a fazer headbang como um maníaco. A curta intro "XDM" aumenta a expectativa para a porrada que se avizinha e "Armorist" tem o dom de fazer conseguir superar essas mesmas expectativas. Uma das características da banda nova iorquina sempre foi o groove, mas aqui, até à "Bitter Pill", a quinta música, é de uma violência histórica. E mesmo essa música, tem uma aura tão ameaçadora, tão metálica, que o seu groove é mais sentido como peso monolítico. Aliás peso monolítico deve ser o nome do meio deste trabalho.
Depois desse momento, volta a violência desenfreada com "Where There's Smoke" que nem sabemos de onde estamos a levar tanta porrada. Se esta música fosse uma bulldozer, é uma que anda a duzentos quilómetros por hora. No entanto, a banda já tem experiência (e sempre teve talento) para saber como injectar dinâmica nas suas músicas. "Freedom Rings" começa de forma suave (para aquilo que a banda e este álbum já nos habituaram) mas depois é mais um festim thrash de proporções épicas. O groove metálico volta com "Another Day To Die" com as vocalizações de Blitz a soarem bem corrosivas. A partir daqui o álbum parece que entra numa espécie de marasmo não conseguindo recuperar a potência do início, mas o saldo final é bem positivo. A banda lança mais um álbum essencial, clássico do início ao fim (a "In The Name", mais do que um hino ao thrash, é o hino ao metal) e que vai prolongar por mais uns bons anos a forma como a banda é bem recebida pelos amantes da música pesada.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
O último álbum foi um dos grandes trabalhos de 2012 e superar essa marca seria difícil mas a banda apresenta mais uma vez um forte conjunto de malhas que faz qualquer thrasher começar a fazer headbang como um maníaco. A curta intro "XDM" aumenta a expectativa para a porrada que se avizinha e "Armorist" tem o dom de fazer conseguir superar essas mesmas expectativas. Uma das características da banda nova iorquina sempre foi o groove, mas aqui, até à "Bitter Pill", a quinta música, é de uma violência histórica. E mesmo essa música, tem uma aura tão ameaçadora, tão metálica, que o seu groove é mais sentido como peso monolítico. Aliás peso monolítico deve ser o nome do meio deste trabalho.
Depois desse momento, volta a violência desenfreada com "Where There's Smoke" que nem sabemos de onde estamos a levar tanta porrada. Se esta música fosse uma bulldozer, é uma que anda a duzentos quilómetros por hora. No entanto, a banda já tem experiência (e sempre teve talento) para saber como injectar dinâmica nas suas músicas. "Freedom Rings" começa de forma suave (para aquilo que a banda e este álbum já nos habituaram) mas depois é mais um festim thrash de proporções épicas. O groove metálico volta com "Another Day To Die" com as vocalizações de Blitz a soarem bem corrosivas. A partir daqui o álbum parece que entra numa espécie de marasmo não conseguindo recuperar a potência do início, mas o saldo final é bem positivo. A banda lança mais um álbum essencial, clássico do início ao fim (a "In The Name", mais do que um hino ao thrash, é o hino ao metal) e que vai prolongar por mais uns bons anos a forma como a banda é bem recebida pelos amantes da música pesada.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira