Um nome como Obtruncation, além de nos ser algo misterioso e não fazermos a mínima ideia do que significa, remete-nos para uma época em que tínhamos uma série de bandas acabadas em “tion”, tais como Suffocation, Immolation, Incantation, Evisceration, Malevolent Creation. Há qualquer coisa no som de “tion” que soa a maléfico, uma espécie de diabulos in musica do alfabeto. Questões linguísticas à parte, é precisamente para esse período que este “Abode Of The Departed Souls“ nos transporta, quando o death metal era moda/novidade no meio das hostes do metal. Os Obtruncation são uma banda holandesa que já têm vinte e cinco anos de carreira, pelo que não são propriamente novatos a tentar capturar um espírito que não viveram.
Apesar da sua longa carreira, este é apenas o seu segundo álbum, sendo que o anterior data já do longínquo ano de 1997. Apesar do risco disso acontecer, não temos aqui nenhum cheiro a traças nem a mofo, sendo que o death metal é bruto, versátil e dinâmico, com o recurso inteligente a solos de guitarra de qualidade. Não se pode dizer que se insira na vertente de death metal técnico, pelo menos comparando com bandas como Obscura ou Gorguts, mas existem pormenores muito interessantes, principalmente ao nível das guitarras e bateria. A faixa título que inicia o álbum é como se fosse um bate estacas possuído por Satanás com o intuito de triturar a alma de todos aqueles que a ouvem, um espírito partilhado pelo resto dos temas.
A dinâmica que cada uma destas nove faixas transmite é admirável conseguindo que um álbum soe coeso, mas não canse – isto para quem trate a violência sónica do death metal por tu, claro. Pegando nas referências clássicas do género, este álbum é um regresso à altura para uma banda que poderá não ter o mesmo impacto que teria se fosse lançado em 1994 ou 1998, mas definitivamente será um trabalho que agradará a todos aqueles que gostam do seu death metal técnico mas bruto, com solos e dinâmicas q.b.. Ah! Obtruncation significa o acto de podar ou cortar algo.
Apesar da sua longa carreira, este é apenas o seu segundo álbum, sendo que o anterior data já do longínquo ano de 1997. Apesar do risco disso acontecer, não temos aqui nenhum cheiro a traças nem a mofo, sendo que o death metal é bruto, versátil e dinâmico, com o recurso inteligente a solos de guitarra de qualidade. Não se pode dizer que se insira na vertente de death metal técnico, pelo menos comparando com bandas como Obscura ou Gorguts, mas existem pormenores muito interessantes, principalmente ao nível das guitarras e bateria. A faixa título que inicia o álbum é como se fosse um bate estacas possuído por Satanás com o intuito de triturar a alma de todos aqueles que a ouvem, um espírito partilhado pelo resto dos temas.
A dinâmica que cada uma destas nove faixas transmite é admirável conseguindo que um álbum soe coeso, mas não canse – isto para quem trate a violência sónica do death metal por tu, claro. Pegando nas referências clássicas do género, este álbum é um regresso à altura para uma banda que poderá não ter o mesmo impacto que teria se fosse lançado em 1994 ou 1998, mas definitivamente será um trabalho que agradará a todos aqueles que gostam do seu death metal técnico mas bruto, com solos e dinâmicas q.b.. Ah! Obtruncation significa o acto de podar ou cortar algo.
Nota: 7.7/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira