Os Lord Dying causaram algum burburinho com o seu sludge metal monolítico que teve a sua estreia discográfica em 2013, com o álbum “Summon The Faithless”. A banda andou em tour com os Red Fang, tendo inclusive passado pelo nosso país, numa Musicbox apinhada e voltou agora com “Poisoned Altars”, o seu segundo trabalho, e apesar de continuar a ter tanto peso e abrasividade que a sua estreia, mostra que as suas composições estão bem mais fluídas e catchy – não querendo isto dizer que tentaram aderir a algum tipo de moda. O tema título que inicia as hostilidades fisga logo por completo a atenção do ouvinte, com um tema cheio de dinâmica, groove, bem mais do que aquilo nos deram a conhecer anteriormente.
Por outro lado, em “The Clearing At The End Of The Path” dá-nos uma indicação clara de que há aqui uma complexidade que antes era inexistente. Seja influência progressiva, ou apenas de rock clássico, é uma abordagem sem dúvida que vencedora. Esse elemento clássico também surge por vezes nas vocalizações de Erik Olson, que remetem para os melhores momentos das propostas mais clássicas do death metal. Depois temos os solos, que mesmo não sendo em abundância, surgem nos momentos certos e na proporção indicada. A cada faixa que nos é apresentada ficamos cada vez mais com a certeza de que a banda tem com “Poisoned Altars” um álbum que os vai fazer chegar a muitas mais pessoas – reforço mais uma vez de que não se trata de comercialismo, apenas de qualidade acima da média.
A forma como o álbum flui e como as músicas se seguem umas atrás das outras (da “Offering Pain (And An Open Minded Center)” até à “Darkness Remains”, o último tema, é um instante) sem deixar respirar é impressionante e é sintomático da eficácia deste rumo e da qualidade deste conjunto de músicas. É isto sobretudo que distingue da sua estreia, existe um conjunto de músicas, um álbum, do início ao fim, forte e conciso e que assim que chega ao final tem activa aquele dispositivo que garante qualidade que é… meter a tocar outra vez. Com um novo baterista, que entrou pouco tempo antes das gravações do álbum, os Lord Dying são uma banda rejuvenescida (não que cheirassem a mofo, mas existe aqui realmente uma nova energia) que demonstram com “Poisoned Altars” um potencial enorme para escrever.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira
Por outro lado, em “The Clearing At The End Of The Path” dá-nos uma indicação clara de que há aqui uma complexidade que antes era inexistente. Seja influência progressiva, ou apenas de rock clássico, é uma abordagem sem dúvida que vencedora. Esse elemento clássico também surge por vezes nas vocalizações de Erik Olson, que remetem para os melhores momentos das propostas mais clássicas do death metal. Depois temos os solos, que mesmo não sendo em abundância, surgem nos momentos certos e na proporção indicada. A cada faixa que nos é apresentada ficamos cada vez mais com a certeza de que a banda tem com “Poisoned Altars” um álbum que os vai fazer chegar a muitas mais pessoas – reforço mais uma vez de que não se trata de comercialismo, apenas de qualidade acima da média.
A forma como o álbum flui e como as músicas se seguem umas atrás das outras (da “Offering Pain (And An Open Minded Center)” até à “Darkness Remains”, o último tema, é um instante) sem deixar respirar é impressionante e é sintomático da eficácia deste rumo e da qualidade deste conjunto de músicas. É isto sobretudo que distingue da sua estreia, existe um conjunto de músicas, um álbum, do início ao fim, forte e conciso e que assim que chega ao final tem activa aquele dispositivo que garante qualidade que é… meter a tocar outra vez. Com um novo baterista, que entrou pouco tempo antes das gravações do álbum, os Lord Dying são uma banda rejuvenescida (não que cheirassem a mofo, mas existe aqui realmente uma nova energia) que demonstram com “Poisoned Altars” um potencial enorme para escrever.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira