Os galegos Dantalion começaram a sua carreira com uma espécie de black metal melódico que não teve grandes efeitos, embora tivesse o seu valor e qualidade. Por alturas do seu terceiro álbum, em 2010, a banda começou a mudar a sua orientação para algo mais próximo do death/doom melódico e é essa abordagem que têm vindo a desenvolver. “Where Fear Is Born” é o quinto trabalho da banda e mostra-os a um grande nível com um death/doom refinadíssimo e de alta qualidade. As metamorfoses podem mostrar uma banda a perder-se ou uma banda a encontrar-se e no caso dos Dantalion verificou-se mesmo a segunda hipótese.
A capa é um excelente indicativo da intensidade que se pode encontrar aqui. Tal como a imagem mostra, essa intensidade não está à superfície. Não é explícita, mas está implícita na melancolia com um certo sabor trágico, nas melodias enegrecidas que fazem com que não se consiga afastar das músicas. Não são propriamente imediatas, mas há algo nelas, uma certa aura, que faz com que se fique a gostar imediatamente. Em termos de influências, o seu death/doom, apesar de ter aqui e ali elementos que mostram que são uma banda actualizada, transporta-nos para cerca de vinte anos atrás, para quando o género estava a criar as suas melhores propostas. Os primeiros trabalhos de Katatonia, Cemetary, Theatre Of Tragedy e até coisas mais obscuras como os saudosos Enchantment e o seu “Dance The Marble Naked”.
Todavia, Dantalion não é uma banda que viva no passado, pelo contrário. “Where Fear Is Born” cheira e sabe a fresco, não sofrendo de ataques de nostalgia compulsivos, nem cheirando a mofo. “Raven’s Dawn” é death/doom melódico clássico mas faz-nos acreditar que não se passaram mais de vinte anos desde os anos dourados deste género, assim como o épico “The Tree Of Shadows” voa, eliminando a passagem do tempo nos mais de oito minutos de duração que tem, com melodias, de guitarra, arranjos de teclados muito bem conseguidos e pedal duplo. Dinâmica e inteligência, dois adjectivos que servem muito bem para o restante trabalho. Este é um álbum viciante, como há muito tempo o estilo não via surgir. Sem dúvida que colocará a banda sobre a vigia de todos os que gostam de death/doom.
A capa é um excelente indicativo da intensidade que se pode encontrar aqui. Tal como a imagem mostra, essa intensidade não está à superfície. Não é explícita, mas está implícita na melancolia com um certo sabor trágico, nas melodias enegrecidas que fazem com que não se consiga afastar das músicas. Não são propriamente imediatas, mas há algo nelas, uma certa aura, que faz com que se fique a gostar imediatamente. Em termos de influências, o seu death/doom, apesar de ter aqui e ali elementos que mostram que são uma banda actualizada, transporta-nos para cerca de vinte anos atrás, para quando o género estava a criar as suas melhores propostas. Os primeiros trabalhos de Katatonia, Cemetary, Theatre Of Tragedy e até coisas mais obscuras como os saudosos Enchantment e o seu “Dance The Marble Naked”.
Todavia, Dantalion não é uma banda que viva no passado, pelo contrário. “Where Fear Is Born” cheira e sabe a fresco, não sofrendo de ataques de nostalgia compulsivos, nem cheirando a mofo. “Raven’s Dawn” é death/doom melódico clássico mas faz-nos acreditar que não se passaram mais de vinte anos desde os anos dourados deste género, assim como o épico “The Tree Of Shadows” voa, eliminando a passagem do tempo nos mais de oito minutos de duração que tem, com melodias, de guitarra, arranjos de teclados muito bem conseguidos e pedal duplo. Dinâmica e inteligência, dois adjectivos que servem muito bem para o restante trabalho. Este é um álbum viciante, como há muito tempo o estilo não via surgir. Sem dúvida que colocará a banda sobre a vigia de todos os que gostam de death/doom.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira