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Cruizzen - "Free Ride" Review


O riff de "Soundmaker" remete para o imaginário hard rock que os Black Sabbath transmitiram em álbuns como "Mob Rules", ou seja aquele som clássico que a década de oitenta encarregou de colocar na história da música pesada. Com a voz de Alexander Mayer a soar um cruzamento entre Brian Johnson dos AC-DC e Udo Dirkschneider dos Udo e ex Accept, temos os ingredientes necessários para um álbum que apelará a todos os amantes da nostalgia. Faixas como "Crazy Dayzz" e "Straight Down Dirt" apelam ao passado embora a estilos diferentes. Se a primeira, é um malhão de hard rock, típico daquilo que se fazia no hard rock mais comercial, na segunda, temos uma música de heavy metal tipicamente alemão.

Além das duas influências principais já mencionadas, também existe outra, principalmente a nível vocal que surge de forma algo surpreendente. Em "Touch Of Evil" e "Trouble" parece que além de Brian Johnson e Udo, temos também Axl Rose a vociferar, embora instrumentalmente não se seja bafejado pelas mesmas influências, mesmo que não exista muito a apontar nesse campo. Também é pena que esta aproximação vocal também surja numas das músicas mais aborrecidas do álbum. É essa a fragilidade deste "Free Ride". Apesar daquilo que soa, e dos tempos que evoca, faltam faixas suficientemente fortes que se sobressaiam.

Pela forma como estas treze músicas se apresentam, dá ideia que os Cruizzen são uma banda veterano que começaram nos próprios anos oitenta, mas não. Com o álbum de estreia em 2006, a banda acabou por encerrar actividades, voltando agora com este "Free Ride", mas parece que ainda são necessários mais alguma experiência para que as músicas sejam mais marcantes. Tirando as já citadas "Soundmaker", "Crazy Dayzz" e "Straight Down Dirt" e a "Spakrplugs Blowing", o resto deste trabalho apesar de competente, não consegue manter o entusiasmo inicial.


Nota: 6/10

Review por Fernando Ferreira