Álbum de estreia dos Convent Guilt, uma banda australiana que depois de uma demo em 2012 chegou ao primeiro álbum no final do ano passado. Pelo o primeiro tema, "Angels In Black Leather", consegue perceber-se de que o heavy metal da banda é um pouco primitivo. Que se tivesse sido lançado no início da década de oitenta, soaria totalmente adequado ao tempo em que estava inserido. Não é que não soa bem agora... heavy metal é heavy metal. A definição do estilo, por si só, é a garantia do que foi bom ontem, é bom hoje e assim o será amanhã. No entanto, apesar do óbvio amor ao estilo, falta muito punch aqui.
Não propriamente pelo já citado primeiro tema, mas pelo desenrolar do álbum. "Don't Close your Eyes", tem um bom ritmo, melodia e solos, mas há algo na música, principalmente na voz, que faz com que soe a meio gás. Como se faltasse convicção. Algo que por vezes passa para a parte instrumental, mas é o instrumental que salva este álbum, principal a nível dos solos de guitarra. Apesar da nostalgia que desperta ser muita, dificilmente temas como "Guns For Hire" ou "Stockade" sobrevivem ao teste do tempo.
Nem tudo é mau. No espectro positivo temos malhões como "Perverse Altar","They Took Her Away" (esta com um estranho feeling folk que fica meio a boiar no álbum mas que é bastante efectiva) e "Desert Brat" que de certeza que farão qualquer um lembrar-se das razões de terem começado a ouvir heavy metal - isto para aqueles que começaram por aí e não por outras coisas mais alternativas. Produção modesta, músicas modestas, banda modesta, o resultado não poderia ser mais do que isso. Ainda assim há aqui uma magia, aquela magia inexplicável do heavy metal, que para muitas bandas ou projectos é o mais difícil de atingir. A magia da paixão pelo que se faz. É só esperar que essa magia, essa paixão, se materialize de melhor forma do que aqui.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Não propriamente pelo já citado primeiro tema, mas pelo desenrolar do álbum. "Don't Close your Eyes", tem um bom ritmo, melodia e solos, mas há algo na música, principalmente na voz, que faz com que soe a meio gás. Como se faltasse convicção. Algo que por vezes passa para a parte instrumental, mas é o instrumental que salva este álbum, principal a nível dos solos de guitarra. Apesar da nostalgia que desperta ser muita, dificilmente temas como "Guns For Hire" ou "Stockade" sobrevivem ao teste do tempo.
Nem tudo é mau. No espectro positivo temos malhões como "Perverse Altar","They Took Her Away" (esta com um estranho feeling folk que fica meio a boiar no álbum mas que é bastante efectiva) e "Desert Brat" que de certeza que farão qualquer um lembrar-se das razões de terem começado a ouvir heavy metal - isto para aqueles que começaram por aí e não por outras coisas mais alternativas. Produção modesta, músicas modestas, banda modesta, o resultado não poderia ser mais do que isso. Ainda assim há aqui uma magia, aquela magia inexplicável do heavy metal, que para muitas bandas ou projectos é o mais difícil de atingir. A magia da paixão pelo que se faz. É só esperar que essa magia, essa paixão, se materialize de melhor forma do que aqui.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira