Dois anos depois, eis que chega o segundo álbum do projecto norueguês Blodhemn, pronto para o segundo round de black metal escandinavo. Não propriamente o black metal ríspido e minimalista, mas um black metal poderoso, pegando naquilo que o heavy metal tem de melhor para oferecer na actualidade: produção forte com os instrumentos a soarem todos perceptíveis e com o virtuosismo presente em todos os instrumentos, em todas as frentes, com especial destaque para a guitarra solo e para a bateria. A questão é que os Blodhemn são uma one man band onde todos os instrumentos estão a cargo de Invisus. Exacto, Blodhemn é uma one man band e o dito senhor toca todos os instrumentos e faz todas as vocalizações.
Até aqui nada de novo, não é a primeira banda ou projecto em que se tem uma pessoa a fazer tudo. A questão é que a qualidade é mesmo boa. Principalmente na bateria. Nestes casos normalmente a bateria é programada, mas aqui não soa a tal. Pelo contrário, a bateria soa bastante orgânica, por isso é motivo de admiração, já que se é programada, tanto a programação como o som da bateria em si são bastante convincentes. Se foi realmente tocada tal como soa, então Invisus guitarrista e baixista, é um bom baterista. Será que é um bom compositor?
Em sete faixas, Invisus apresenta-nos black metal cantado em norueguês com riffs que têm tanto de gélidos como de viciantes. Não chega a ir ao ponto de uns Khold, com o seu black'n'roll, mas há definitivamente aqui um sabor rock nos ritmos, principalmente pelo groove que transmitem. "Flammenes Virke" lança o isco e o ouvinte, transformado em peixe, morde logo o anzol. Seja nos momentos mais uptempo como a "Slettt Av Tid" e "Fandesvenn", seja nas quase doom "Veiten" e "Åndenes Ansikt", há uma qualidade que percorre todo o álbum, que é reconhecível à distância. "H7" junta-se ao lote de projectos/bandas norueguesas relativamente recentes que oferecem black metal de qualidade, pegando na herança que lhes foi deixada e juntando com o q.b. do que se faz actualmente. O resultado é excelente.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Até aqui nada de novo, não é a primeira banda ou projecto em que se tem uma pessoa a fazer tudo. A questão é que a qualidade é mesmo boa. Principalmente na bateria. Nestes casos normalmente a bateria é programada, mas aqui não soa a tal. Pelo contrário, a bateria soa bastante orgânica, por isso é motivo de admiração, já que se é programada, tanto a programação como o som da bateria em si são bastante convincentes. Se foi realmente tocada tal como soa, então Invisus guitarrista e baixista, é um bom baterista. Será que é um bom compositor?
Em sete faixas, Invisus apresenta-nos black metal cantado em norueguês com riffs que têm tanto de gélidos como de viciantes. Não chega a ir ao ponto de uns Khold, com o seu black'n'roll, mas há definitivamente aqui um sabor rock nos ritmos, principalmente pelo groove que transmitem. "Flammenes Virke" lança o isco e o ouvinte, transformado em peixe, morde logo o anzol. Seja nos momentos mais uptempo como a "Slettt Av Tid" e "Fandesvenn", seja nas quase doom "Veiten" e "Åndenes Ansikt", há uma qualidade que percorre todo o álbum, que é reconhecível à distância. "H7" junta-se ao lote de projectos/bandas norueguesas relativamente recentes que oferecem black metal de qualidade, pegando na herança que lhes foi deixada e juntando com o q.b. do que se faz actualmente. O resultado é excelente.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira