Os Bella Utopia são uma nova banda brasileira que junta como ninguém o mundo do rock com o metal e isso salta logo à vista com a faixa de abertura, "Caos". Com letras em português sempre com um teor de crítica - talvez também devido à voz ríspida de Isabella Eva, que impõe respeito, embora para ouvidos destreinados poderá soar estranho esta agressividade cantada na nossa língua mãe. No entanto, a questão da língua escolhida não é um problema, muito pelo contrário. A voz e as letras ainda dão mais peso à música. Por falar nisso, a música aqui apresenta tiques de rock moderno, com uma produção poderosíssima, mas por outro lado apresenta um lado bem metal, sejam nos riffs, sejam nos solos - coisa que o rock moderno, infelizmente, não tem em abundância.
Faixas como "Cicatriz" e "Máscara" apresentam-se com uma potência impressionante e um espírito bem heavy metal. A banda apesar de ser relativamente nova, conta com músicos bem experientes e talentosos noutras áreas do mundo do espectáculo (Rikson Medeiros, o baixista, é produtor; Junão Cananéia, o baterista já tem uma grande rodagem na cena brasileira; Luis Maldonalle, o guiarrista, já tem uma carreira de quase trinta anos; e Isabella, além de cantar e escrever todas as letras do álbum, também é actriz e argumentista de cinema) o que se faz sentir no resultado final, principalmente tendo em consideração de que não soa a trabalho de estreia e sim de uma banda veterana.
A banda arrisca com doze músicas em quase uma hora de duração, mas tal aposta revela-se ganha, porque não existe aqui nenhum filler e a dinâmica de ora é metal ora é rock faz com que não existe um momento de marasmo. Basta ouvir o ritmo frenético do tema título, as harmonias de guitarra (que ao vivo são impossíveis de reproduzir), com uma potência para dar uma abada a muitas bandas de topo por aí, e comparar com a mais compassada "Queima de Arquivo" e verificar de que esta é uma fórmula vencedora. "Dilema do Prisioneiro" é uma grande estreia, provavelmente a do ano, no que diz respeito a bandas brasileiras. Ainda não passou um mês do ano, mas esta qualidade assegura o risco de tal afirmação.
Nota: 8.5/10
Review Por Fernando Ferreira
Faixas como "Cicatriz" e "Máscara" apresentam-se com uma potência impressionante e um espírito bem heavy metal. A banda apesar de ser relativamente nova, conta com músicos bem experientes e talentosos noutras áreas do mundo do espectáculo (Rikson Medeiros, o baixista, é produtor; Junão Cananéia, o baterista já tem uma grande rodagem na cena brasileira; Luis Maldonalle, o guiarrista, já tem uma carreira de quase trinta anos; e Isabella, além de cantar e escrever todas as letras do álbum, também é actriz e argumentista de cinema) o que se faz sentir no resultado final, principalmente tendo em consideração de que não soa a trabalho de estreia e sim de uma banda veterana.
A banda arrisca com doze músicas em quase uma hora de duração, mas tal aposta revela-se ganha, porque não existe aqui nenhum filler e a dinâmica de ora é metal ora é rock faz com que não existe um momento de marasmo. Basta ouvir o ritmo frenético do tema título, as harmonias de guitarra (que ao vivo são impossíveis de reproduzir), com uma potência para dar uma abada a muitas bandas de topo por aí, e comparar com a mais compassada "Queima de Arquivo" e verificar de que esta é uma fórmula vencedora. "Dilema do Prisioneiro" é uma grande estreia, provavelmente a do ano, no que diz respeito a bandas brasileiras. Ainda não passou um mês do ano, mas esta qualidade assegura o risco de tal afirmação.
Nota: 8.5/10
Review Por Fernando Ferreira