Como prometido, após o EP “Deathless Light” lançado em Outubro, é chegada a vez do segundo álbum de originais ver a luz do dia. Não seria expectável que algo tivesse mudado significativamente neste curto espaço de tempo, portanto, o que “The Dead Of The World” apresenta é mais uma boa dose de black metal opressivo. Ao ouvir a faixa de abertura, “The Silence Of Abel”, verifica-se que essa opressão transmite-se pelo ambiente criado pelas guitarras dissonantes, pela lentidão quase doom e pela forma como as duas criam uma atmosfera sufocante, ainda assim atractiva, para quem gosta desta vertente das artes negras.
Apenas em “Black Ember”, o terceiro tema, que se tem uma abordagem mais uptempo, já que “Death’s Golden Temple” é um longo épico de black metal sufocante que parece que foi composto pelos Mayhem, nos tempos em que o Blasphemer ainda comandava o barco criativamente. Essa é uma associação que surge constantemente conforme as músicas se vão sucedendo. Claro que existem mais alguns elementos do que a simples semelhança dos Mayhem, mas nem seria esse factor (copiarem ou não copiarem) que determinaria a sua qualidade e sim a força das suas músicas.
Nesse ponto, depressa podemos concluir que em relação ao já mencionado EP lançado escassos meses atrás, que este “Dead Of the World” é uma semi-desilusão. As músicas aqui expostas têm as características necessárias para se ter um grande álbum. Uma boa banda, bons instrumentistas, os elementos necessários para a atmosfera própria seja criada, mas mesmo assim, apesar disto tudo… não chega. Todos estes elementos não se traduzem em músicas demolidoras que impeçam a sua saída da cabeça do ouvinte. Para ser-se sincero, há uma certa toada que se instala que faz com que o álbum se torne monótono. Ouve-se mais dinâmica, mais contraste, e a faixa final “Mortui Mundi” poderia ser bem mais intensa e eficaz do que aquilo que é realmente. Não é uma desilusão completa, mas fica um sabor amargo com este álbum que prometia ser grande.
Nota: 6.6/10
Review por Fernando Ferreira
Apenas em “Black Ember”, o terceiro tema, que se tem uma abordagem mais uptempo, já que “Death’s Golden Temple” é um longo épico de black metal sufocante que parece que foi composto pelos Mayhem, nos tempos em que o Blasphemer ainda comandava o barco criativamente. Essa é uma associação que surge constantemente conforme as músicas se vão sucedendo. Claro que existem mais alguns elementos do que a simples semelhança dos Mayhem, mas nem seria esse factor (copiarem ou não copiarem) que determinaria a sua qualidade e sim a força das suas músicas.
Nesse ponto, depressa podemos concluir que em relação ao já mencionado EP lançado escassos meses atrás, que este “Dead Of the World” é uma semi-desilusão. As músicas aqui expostas têm as características necessárias para se ter um grande álbum. Uma boa banda, bons instrumentistas, os elementos necessários para a atmosfera própria seja criada, mas mesmo assim, apesar disto tudo… não chega. Todos estes elementos não se traduzem em músicas demolidoras que impeçam a sua saída da cabeça do ouvinte. Para ser-se sincero, há uma certa toada que se instala que faz com que o álbum se torne monótono. Ouve-se mais dinâmica, mais contraste, e a faixa final “Mortui Mundi” poderia ser bem mais intensa e eficaz do que aquilo que é realmente. Não é uma desilusão completa, mas fica um sabor amargo com este álbum que prometia ser grande.
Nota: 6.6/10
Review por Fernando Ferreira
