Oriundos de Portland, EUA, os Witch Mountain tiveram a sua origem em 1997 com o guitarrista Rob Wrong e o baterista Nathan Carson. A estreia em disco apenas aconteceu em 2001 com “Come The Mountain”, mas apenas em 2010 este trabalho teria sucessor com “South Of Salem” e um novo elemento: Uta Plotkin como vocalista. O trabalho de 2012, “Cauldron Of The Wild” consolidou o nome e este “Mobile Of Angels” apresenta-se como o disco que pode tirar as dúvidas. Com cinco temas apenas, o disco explora faixas na casa dos 7/8 minutos, à excepção da faixa título, com apenas 3 minutos e que se apresenta quase como uma evocação a “The Shape Truth Takes”
Por vezes a voz de Uta Plotkin faz incursões dentro do campo da soul e do blues, como em “Your Corrupt Ways (Sour The Hymn)”, dando uma certa sensualidade à música dos Witch Mountain. “Mobile Of Angels” e “The Shape Truth Takes” são faixas que até se aproximam mais de algum metal melódico com voz feminina que do doom tradicional, face à entoação dada pela cantora. Uma vez que à data de saída deste trabalho, Uta tinha anunciado a retirada como vocalista do grupo, ficam bastantes dúvidas sobre a forma como o (agora) trio irá resolver o problema, dadas as características únicas da voz feminina e de como esta se torna determinante no decorrer dos temas.
Musicalmente não se está perante um disco de doom profundo, nem com grandes rasgos técnicos, sentindo-se mais uma atmosfera de transe algures entre o som hipnótico dos late 60’s e uns Black Sabbath de “Sleeping Village”. O resultado é interessante, mas longe de ser marcante.
Review por Emanuel Ferreira