Incrível a quantidade de bandas que em pouco tempo conseguem impressionar e fazerem-nos esquecer que existem há menos de meia dúzia de anos. Os Usnea são um desses casos, em que a banda norte-americana lança com este “Random Cosmic Violence” o seu segundo trabalho, depois da estreia o ano passado. E a forma como estas quatro faixas batem… mostra que a banda pode ter começado apenas em 2011, mas evidenciam experiência de décadas. Com quatro faixas, sendo a mais pequena com quase treze minutos, este trabalho de doom metal que roça o funeral doom por vezes e que noutras tem uns laivos bastante interessantes de black metal, como na potentíssima faixa-título.
A Relapse mais uma vez mostra estar no sítio certo à hora certa e assinou com a jovem banda e embora não seja um álbum para as massas – convenhamos, a resistência para ouvir mais de dez minutos de riffs ora letárgicos ora diabólicos, movido a vapor ou, muito ocasionalmente, a energia nuclear, não é exactamente a fórmula vencedora para vender discos. Mas a integridade artística e a capacidade de desafiar os limites estabelecidos sempre foi o principal ponto de interesse, com mais ou menos incidência ao longo dos anos, que a editora demonstrou ter. Se pegarmos na referida faixa título, por exemplo, a mesma tem o doom e os blastbeats referidos atrás, e depois ainda lhe junta uma dose de melodia (melancólica, é certo) inesperada.
É esse efeito de inesperado que faz com que este trabalho seja uma obra maior dentro do espectro do doom. Por ser fiel ao género e também por ir além dele. Com absorção difícil, vai demorar até que este trabalho entre na sua totalidade, mas é este o prazer que a música tem para oferecer. As nuances na apreciação de uma mesma obra ao longo do tempo e das audições. Essas nuances só são possíveis de atingir em trabalhos que realmente tenham profundidade para tal e é o caso de “Random Cosmic Violence”. Está aqui mais um grande nome do doom norte-americano e mundial.
Nota: 8.5/10
A Relapse mais uma vez mostra estar no sítio certo à hora certa e assinou com a jovem banda e embora não seja um álbum para as massas – convenhamos, a resistência para ouvir mais de dez minutos de riffs ora letárgicos ora diabólicos, movido a vapor ou, muito ocasionalmente, a energia nuclear, não é exactamente a fórmula vencedora para vender discos. Mas a integridade artística e a capacidade de desafiar os limites estabelecidos sempre foi o principal ponto de interesse, com mais ou menos incidência ao longo dos anos, que a editora demonstrou ter. Se pegarmos na referida faixa título, por exemplo, a mesma tem o doom e os blastbeats referidos atrás, e depois ainda lhe junta uma dose de melodia (melancólica, é certo) inesperada.
É esse efeito de inesperado que faz com que este trabalho seja uma obra maior dentro do espectro do doom. Por ser fiel ao género e também por ir além dele. Com absorção difícil, vai demorar até que este trabalho entre na sua totalidade, mas é este o prazer que a música tem para oferecer. As nuances na apreciação de uma mesma obra ao longo do tempo e das audições. Essas nuances só são possíveis de atingir em trabalhos que realmente tenham profundidade para tal e é o caso de “Random Cosmic Violence”. Está aqui mais um grande nome do doom norte-americano e mundial.
Nota: 8.5/10
Review por Fernando Ferreira