Já aqui antes falámos dos The Fawn. Um colectivo de artistas, da mais variada ordem que se reúne para experiências sónicas umas mais outra menos bem sucedidas. Este "The Branches" é um EP que reflecte mais uma libertação artística por parte deste colectivo mutante, seja pelos artistas que o constituem como pelos resultados sónicos. Neste EP temos quatro músicas que foram gravadas em quatro dias por um total de 17 performers que iam e vinham. Se no papel, o conceito parece interessante, na prática a coisa tem tudo para correr mal, no entanto, para quem tem a mente aberta (o requisito principal para os lançamentos desta designação e porque não desta editora, Hummus Records), a coisa até é bem agradável.
Depois de uma "Ouverture" bem esquisita e intensa no seu ambiente claustrofóbico, começa-se a ter uma sensação de ritmo com "The Sleeping Lion", bem hipnótica com um uso inteligente da repetição, tendo como único ponto de variação a voz que já por si é monocórdica. O tema título começa com a electrónica a dominar de uma forma suave, onde se junta a percussão e mais tarde a voz, numa típica oferta pop/trip hop de início de século que também tem o quê de efeito de hipnótico, lembrando aqui e ali uns Nine Inch Nails mais pacatos. Esta música vai crescendo de intensidade de uma forma admirável. O trabalho finaliza-se com a "Reminder", com agradável sabor pop/alternativo que é o final ideal para o EP.
Este é um tipo de projecto onde as coisas podem correr muito bem ou muito mal e os The Fawn estão-se a tornar num caso sério no que diz respeito a criar bons discos tendo por base uma série de condições ideais para uma receita para o desastre. Bom trabalho deste colectivo mutável que é uma das mais interessantes ideias deste novo milénio no que diz respeito à experimentação musical.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Depois de uma "Ouverture" bem esquisita e intensa no seu ambiente claustrofóbico, começa-se a ter uma sensação de ritmo com "The Sleeping Lion", bem hipnótica com um uso inteligente da repetição, tendo como único ponto de variação a voz que já por si é monocórdica. O tema título começa com a electrónica a dominar de uma forma suave, onde se junta a percussão e mais tarde a voz, numa típica oferta pop/trip hop de início de século que também tem o quê de efeito de hipnótico, lembrando aqui e ali uns Nine Inch Nails mais pacatos. Esta música vai crescendo de intensidade de uma forma admirável. O trabalho finaliza-se com a "Reminder", com agradável sabor pop/alternativo que é o final ideal para o EP.
Este é um tipo de projecto onde as coisas podem correr muito bem ou muito mal e os The Fawn estão-se a tornar num caso sério no que diz respeito a criar bons discos tendo por base uma série de condições ideais para uma receita para o desastre. Bom trabalho deste colectivo mutável que é uma das mais interessantes ideias deste novo milénio no que diz respeito à experimentação musical.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira